A Cyango nasceu em 2017 do gosto de João Rodrigues pela fotografia e tecnologia. O fundador e director executivo da startup revela à PCGuia que, após o lançamento da «câmara 360º da Samsung em 2016» (a Gear 360), decidiu «investir parte do ordenado» e, depois de a usar, teve «consciência» de que a tecnologia «iria fazer a diferença»; assim, criou uma empresa ligada a esta área e à da realidade virtual/aumentada. «Passei muito tempo a desenvolver e a pensar em como aplicar correctamente estas tecnologias no mercado», destaca João Rodrigues.
A Cyango é, hoje, uma empresa que tem como missão «democratizar o acesso às tecnologias de RV e RA». O empreendedor sublinha que tem «provas e certezas de que estas tecnologias, quando bem aplicadas, têm um grande impacto no mercado» e esclarece os objectivos da startup: «Queremos que todas as empresas e pessoas tenham acesso a ferramentas fáceis e intuitivas para criar e entregar experiências digitais imersivas e tridimensionais».
Versátil e de fácil utilização
João Rodrigues diz que a solução criada pela a startup, a Cyango Cloud Studio, está a «tornar-se uma super-plataforma», uma vez que «permite criar experiências desde o 2D até ao 3D e transformá-las em sites e apps compatíveis com qualquer tipo de equipamento». E o limite é a imaginação, já que o software permite «criar vários tipos de experiências» que apenas «dependem da criatividade do utilizador», tais como «visitas virtuais, video 360º com storytelling, produtos 3D para e-commerce com realidade aumentada, galerias de arte, showrooms, mapas 3D e muitos mais».
O responsável revela o motivo pelo qual a Cyango Cloud Studio é única no mercado: «Com o nosso software, qualquer empresa pode ter o seu departamento de tecnologias VR/AR à distância de poucos cliques. É diferenciadora, principalmente pela facilidade de criar experiências e pela quantidade de funcionalidades que estão à frente de muitos competidores».
Além disso, é «versátil e abrangente», sendo que pode ser usada por «empresas nas áreas do imobiliário, museus, hotéis, agências de marketing, consultoria, equipamentos digitais e arte, entre outros sectores», garante João Rodrigues.
O futuro passa por crescer
A Cyango tem, neste momento, quatro colaboradores, mas quer «aumentar a equipa este ano». Os perfis procurados para reforçar a startup são «programadores de jogos e artistas 3D também com um know-how de tecnologias VR/AR», salienta o CEO. A startup foi uma das finalistas do Programa Open Innovation da NOS que visa ajudar as startups e PME a acelerar o desenvolvimento, teste, experimentação de produtos e desenvolver serviços inovadores.
No horizonte da empresa estão planos de internacionalização: João Rodrigues diz que os primeiros mercados-alvo serão os «Estados Unidos e o Brasil». A ambição é ser a ferramenta «mais standard e de fácil acesso a qualquer criador e empresa»; para chegar a este nível, a Cyango está a «trabalhar para ter cada vez mais funcionalidades e infraestrutura tecnológica que permita acomodar as necessidades de milhões de utilizadores».