O Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA vai pedir ao juiz federal Amit Mehta (que, em Agosto, já tinha concluído que a Google monopolizava ilegalmente o mercado das buscas) que imponha mais uma sanção à Alphabet. Desta vez, o alvo é o browser Chrome.
Este novo caso aberto pelo DOJ inclui ainda a imposição de uma série de «medidas relacionadas com inteligência artificial e o sistema operativo da Google para smartphones», escreve o Bloomberg.
Este “ataque” às alegadas políticas monopolistas da empresa liderada por Sundar Pichai é, segundo o mesmo site, o «esforço mais agressivo para controlar uma empresa tecnológica desde que Washington tentou, sem sucesso, desmantelar a Microsoft há vinte anos décadas».
Lembre-se que o Chrome é o browser mais usado do mundo: de acordo com os mais recentes dados do Stat Counter, no último ano, a sua quota de mercado andou entre os 63 e os 67%. Se nos focarmos em motores de busca, o peso da Google é anda maior: uma média de cerca de 90%, no mesmo período.
Caso Amit Mehta siga as recomendações do DOJ, a Google vai poder mesmo de ter de vender o Chrome; Mandeep Singh, analista da Bloomberg Intelligence, avalia este browser em 15 a 20 mil milhões de dólares (14,25 a 18,95 mil milhões de euros).
A Google já reagiu a mais uma investida do DOJ: Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, disse que o Departamento de Justiça dos EUA «continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais». A mesma responsável alerta ainda para as implicações de uma possível decisão favorável do juiz: «Prejudicaria os consumidores, os programadores e a liderança tecnológica americana, precisamente no momento em que é mais necessário».