O objectivo é criar uma «plataforma unificada e coordenada» com a promessa de «revolucionar o acesso de investigadores e empresas às mais modernas tecnologias baseadas em lasers». O projecto europeu Lasers4EU tem 29 instituições de 15 países e a Universidade de Coimbra é a única representante nacional.
A participação desta unidade de ensino é feita através do Coimbra Laser-Lab, que tem um laser capaz de «medir eventos um milhão de vezes mais rápidos do que um microssegundo». Entre as aplicações desta tecnologia estão as capacidades de «induzir transformações químicas em situações extremas de temperatura e pressão, caracterizar poluentes, células ou obras de arte».
Segundo Luís Arnaut, professor do departamento de Química da FCTUC e director do Coimbra Laser-Lab, a participação no Lasers4EU é a prova do «reconhecimento da sua relevância europeia enquanto infraestrutura de investigação, e uma oportunidade para participar em soluções inovadores com aplicações industriais e sociais».
O mesmo responsável destaca um caso prático do Coimbra Laser-Lab, com impacto no dia-a-dia: «Esta tecnologia está a ser utilizada por uma empresa para realizar tratamentos estéticos não-invasivos. Este é um exemplo de como a investigação científica desenvolvida no Coimbra Laser-Lab pode chegar ao quotidiano das pessoas».
Mas há mais: desde que foi criado, em 2017, esta tecnologia já foi usada em «áreas tão diversas que abrangem o tratamento de cancro e a análise de jóias da Rainha Santa Isabel», destaca Luís Arnaut.
O Lasers4EU vai estar activo até 2029 e também tem como meta «solidificar a posição da Europa na vanguarda da ciência e tecnologia do laser», diz a Universidade de Coimbra.