Hoje, o destaque é o futebol, com as declarações do presidente da La Liga no Thinking Football Summit, organizado pela Liga Portuguesa. Javier Tebas, presidente da La Liga, falou sobre a centralização dos direitos televisivos, enfatizando a melhoria na qualidade e receitas do futebol espanhol.
Tebas reconheceu que a repartição das receitas entre os clubes é «desafiadora», mas defendeu que este é o modelo mais adequado para o futebol espanhol, pois é preciso «equilibrar a solidariedade e a meritocracia».
No entanto, o presidente da liga espanhola de futebol apontou a pirataria como uma ameaça à sustentabilidade das competições: «É um cancro que precisamos de combater», afirmou, destacando o impacto negativo sobre as receitas de direitos televisivos. Javier Tebas disse ainda que, em Portugal, o consumo de futebol ilegal é «alto», com «metade da população» a recorrer a meios ilegais para ver jogos.
É aqui que entra a hipocrisia e a ganância de quem gere o futebol, principalmente quando Tebas afirma que, quem ganha com a pirataria, são a Google, a Apple e outras empresas do género. Apesar de ser um grande desafio, culpar as gigantes da Internet, como este responsável sugere, simplifica o problema.
A pirataria tem suas raízes na falta de acessibilidade e no preço. Quando os jogos não estão disponíveis em plataformas acessíveis ou os preços são altos, os fãs recorrem a alternativas ilegais. A solução está num modelo de distribuição mais justo, que cativa os adeptos e combata a pirataria de forma eficaz, sem comprometer a inovação e a liberdade na Internet. Ainda para mais, numa indústria que já move milhões.