O Espaço está a tomar conta do País: este ano, o top 10 dos cursos com a média de entrada mais alta em Engenharia Aeroespacial foi de 19,45 valores, na FEUP, que também acabou por ser a mais alta em todos os cursos de qualquer universidade.
Neste ranking, o Engenharia Aeroespacial ocupa ainda mais três posições: o segundo lugar, com a opção da Universidade do Minho a registar 19,1 valores (31 vagas); o quinto, com 18,7 no Instituto Superior Técnico (135 vagas); e o décimo, com 18,4 na Universidade de Aveiro (50 vagas).
Em 2023, a tendência já apontava para esta realidade, uma vez que havia mais duas universidades com esta opção, no top 10: Universidade de Lisboa / Instituto Superior Técnico (18,68 – terceiro lugar) e Universidade de Aveiro (18,62 – quinto lugar). Este foi um dos factores que contribuiu para a entrada da suíça Beyond Gravity em Portugal, o que aconteceu em Novembro de 2023.
Quase um ano depois, a empresa inaugura, de forma oficial, as instalações em Lisboa, num formato ‘Innovation & Digital Hub’, onde trabalham, para já, cem colaboradores (em regime híbrido), entre «engenheiros, recursos humanos, TI, financeiros e responsáveis pela cadeia de abastecimento», entre outros.
A empresa apresentou-se hoje, em conferência de imprensa, com a presença do director-geral para Portugal, Mário Guedes Vidal; e o chief transformation & strategy officer, Iván Gonzalez Vallejo (na foto de destaque, à esquerda e à direita, respectivamente). Ambos deixaram no ar (ou, melhor, no Espaço) o objectivo mais forte da Beyond Gravitycom esta entrada em Portugal: tornar-se a «maior empresa de tecnologia espacial» a operar no País, um “título” que, actualmente, pertence ao CEiiA.
Para chegar aí, a empresa quer contratar duzentas pessoas durante 2025 e desenvolver parcerias com universidades e outras empresas espaciais portuguesas, um lote onde estarão o próprio CEiiA ou a Neuraspace.
Sobre o facto de ter escolhido Lisboa e Portugal para esta nova “aventura”, além da questão do talento universitário, a Beyond Gravity diz que isto se deveu ao facto de o País desenvolver «tecnologia inovadora» e de haver oportunidades na «cadeia de abastecimento». Para “ilustrar” esta ideia, Mário Guedes Vidal lembrou o facto de a Corticeira Amorim ser «uma das principais empresas aeroespaciais em Portugal».