Olá a todos. Voltamos aos temas da IA e da desinformação online: comecemos pelas boas notícias.
Depois de nós, na Europa, termos regulado a utilização de ferramentas com recurso a IA, é agora a vez de o senado dos EUA propor uma Lei que visa proibir réplicas digitais não-autorizadas de pessoas. A única parte mais duvidosa deste diploma tem que ver com o facto de esta protecção apenas ser válida até setenta anos após a morte da pessoa visada. A legislação procura garantir que a imagem de uma pessoa não possa ser explorada sem sua permissão ou dos seus herdeiros.
Por cá, a União Europeia advertiu Elon Musk sobre o perigo das partilhas de fake news no X, antes da entrevista ao vivo com Trump, nesta mesma rede social. A preocupação da UE baseia-se no cumprimento da Lei de Serviços Digitais, que visa controlar discursos de ódio e desinformação online. Em resposta, Musk e Trump criticaram a UE, acusando-a de interferir na liberdade de expressão e nos assuntos internos dos EUA. Aqui, mais uma vez, a UE actuou bem e há que estar em cima da desinformação constante que circula online.
Agora, as más notícias: durante os Jogos Olímpicos deste ano, a segurança foi reforçada com a implementação de um vasto sistema de câmaras de vídeovigilância, auxiliado por IA, em todos a cidade. Este sistema levanta, mais uma vez, preocupações de privacidade e sobre quem controla os dados produzidos por estes sistemas. Não pode valer tudo para arranjar desculpas de vigiar tudo e todos, de forma indiscriminada.