A chegada dos processadores capazes de usar, localmente, modelos de IA, abre as portas à criação de novos tipos de apps e integrações com os sistemas operativos, como é o caso da Microsoft (Copilot) e da Apple (Apple Intelligence). O Amuse 2.0 é um destes exemplos: este é um programa gratuito e experimental da AMD que serve para gerar ou alterar imagens, mas que também pode ser usado para transformar esboços em imagens mais “reais”. Usámos o Zenbook S16 para experimentar o Amuse, uma vez que este é dos únicos PC que cumpre os requisitos para se poder usar este programa: Ryzen AI da série 300 com 24 GB de memória RAM e uma placa gráfica Radeon RX 7000.
Dois modos de funcionamento
Esta app oferece dois modos de funcionamento: o simples, em que só temos de escolher um modelo de IA e inserir o prompt de texto para gerar uma imagem; e o avançado, que permite definir muitos mais parâmetros. Neste último modo, o Amuse oferece ainda um gestor de modelos que serve para instalar e remover os modelos de IA usados para as imagens. A instalação pode ser feita a partir da Internet ou carregando directamente o ficheiro do modelo.
Este programa oferece muitas vantagens, como a possibilidade de escolher o tamanho e a qualidade da imagem; um sistema que usa a GPU para fazer o upscale da imagem, o que permite que o tempo de geração da imagem seja encurtado; a simplicidade de funcionamento; e o facto de ser local. As principal desvantagem é ser experimental, logo pode deixar de funcionar sem qualquer aviso. Uma outro ponto negativo, embora menos grave, tem que ver com funcionar apenas em inglês.
Filtros para todos os gostos
Além da geração de imagens, o Amuse 2.0 permite o carregamento de fotos para que lhes sejam aplicados filtros para as transformar. O processo é simples: basta carregar a imagem pretendida e escrever um prompt. Neste caso, pegámos numa imagem de uma rapariga e aplicámos o filtro ‘Cyberpunk Style’, mas pode escrever o que quiser.
Transforme-se num artista
Finalmente, temos o modo ‘Design’, onde podemos desenhar o que quisermos. Aqui, inserimos uma descrição e o programa passa o boneco para uma imagem mais aperfeiçoada. Esta funcionalidade é semelhante à que está integrada no Paint, do Windows. Como se pode ver, não é necessário ser um grande artista para fazer um brilharete, no que toca a arte digital.
Apesar de ser a versão 2.0, o Amuse ainda está a dar os primeiros passos. Provavelmente, irá receber novas funcionalidades como a geração de imagem em movimento no modo de funcionamento simples e melhoramentos aos modelos que permitam gerar alguns elementos com mais qualidade, como mãos e braços.