A Marinha Portuguesa quer juntar os «marinheiro de carbono» (humanos) aos «marinheiros de silício» (computadores) e, assim, criar uma «aliança tecnológica». És desta forma que este ramo das Forças Armadas apresenta o seu mais recente projecto tecnológico.
Para já, em fase protótipo, o Silicon Sailor é uma plataforma de inteligência artificial, com «linguagem natural» desenvolvida em parceria com a Universidade Nova de Lisboa. O objectivo é «facilitar o acesso a manuais e procedimentos navais, particularmente em cenários críticos de navegação e salvamento marítimo».
Desta forma, a Marinha Portuguesa quer que os seus militares tenham «acesso rápido a informações críticas», tenham apoio nos «processos de tomada de decisão» e uma «melhor formação». Para “alimentar” esta IA, foram apenas usadas «publicações oficiais» das Forças Armadas, pelo que todas as respostas são «fidedignas».
Para funcionar, o Silicon Sailor não precisa, inclusive, de estar ligado à Internet. Este projecto foi apresentado durante o REPMUS deste ano (Robotic Experimentation and Prototyping with Maritime Unmanned Systems), o «maior exercício intencional de drones do mundo» que decorre até 27 de Setembro, entre Sesimbra e Tróia (Setúbal e Grândola).
Curiosamente, a imagem usada para ilustrar o Silicon Sailor, durante a sua apresentação, foi uma estilização do robot astromech R2-D2, da saga Star Wars, com um chapéu de marinheiro (foto em cima).