A Samsung é apenas uma das duas marcas que vende dobráveis deste tipo em Portugal e isto dá que pensar: se este conceito é assim tão diferenciador, porque é que Google, Xiaomi ou Oppo não fazem o mesmo e incluem Portugal entre os mercados onde os seus foldables estão à venda? Se dissermos que a razão é o preço, podemos estar enganados: por exemplo, o Mix Fold 4 da Xiaomi custa cerca de mil euros. É verdade que estes modelos são caros, mas os grandes topo de gama da Apple e da Samsung também. O problema estará mesmo no formato, que parece não cair no goto dos utilizadores: continuamos a preferir um bloco de alumínio e vidro que não se “parte” em dois.
O concorrente chinês
Praticamente, a única concorrência do Galaxy Z Fold6 é o Magic V2, um smartphone da Honor que, neste momento, custa menos quatrocentos euros, a que se junta a vantagem de ser (ligeiramente) mais leve e (sensivelmente) mais fino que a proposta da Samsung. Depois, no que respeita ao desempenho, o Magic V2 é bastante semelhante ao Fold6: nos nossos testes, o Samsung teve a mesma pontuação final nas medições, embora fosse um pouco superior nos resultados dos benchmarks. A conclusão é a de que, embora com alguns meses de diferença (Fevereiro a Julho), trata-se de dois modelos equiparáveis, onde só o preço destoa – e a favor da Honor, claro.
Design sóbrio e cativante
Se o Galaxy Z Fold6 “vivesse” sozinho no mundo, poderia ser um daqueles modelos de sonho para muitos fãs de tecnologia. Sem aqueles artifícios de design característicos dos smartphones chineses, com módulos de câmaras extravagantes e cromados, sob padrões duvidosos, este dobrável é, arriscamos, o que tem o design mais belo da sua classe, suplantando o Magic V2. São dois blocos sóbrios de metal baço com arestas rectas que lhe dão um aspecto minimalista que é muito apelativo. O Z Fold 5 (e os concorrentes) são mais curvilíneos, dando a ideia de serem mais vulgares que esta sexta geração da Samsung.
A dobrar, nada de novo
Mas o que temos além disto? As funcionalidades de IA são iguais às dos S24 e funcionam todas da mesma forma – quando a Samsung poderia aproveitar para dar algo mais a um smartphone de ecrã dobrável, faz apenas um copy-paste. O bom que temos a dizer aqui tem que ver com o facto de estas ferramentas serem intuitivas de usar e de não estarem escondidas sob camadas de menus flutuantes e outro tipo de subterfúgios, como no Oppo Reno 12 Pro que testámos na edição passada.
Depois, mesmo comparando com os S24 (Ultra e normal), este modelo é pior em desempenho; na fotografia, os resultados também não são nada de especial (tudo decalcado ao Z Fold 5, inclusive), apenas a qualidade que se espera de um smartphone Samsung.
Distribuidor: Samsung
Preço: €2189,90
Benchmarks
- AnTuTu: 1 528 046
- 3D Mark Wild Life: 18 102
- GeekBench 6 Single CPU: 1634
- GeekBench 6 Multi CPU: 5736
- GeekBench 6 OpenCL: 13 366
- PCMark 3.0 Work: 13 542
- PCMark 3.0 Battery: 1138 minutos
Ficha Técnica
Processador: Snapdragon 8 Gen 3 (4 nm)
Memória: 12 GB
Armazenamento: 512 GB
Câmara: 72 MP
Ecrã: 7,6” AMOLED LTPO, 120Hz (2160 x 1856), 375 ppi + 6,3” AMOLED LTPO, 120 Hz (2376 x 968), 410 ppi
Bateria: 4400 mAh
Dimensões: 153,5 x 132,6 x 5,6 mm (aberto); 152,5 68,1 x 12,2 mm (fechado)
Peso: 239 gr