Segunda pessoa a receber um implante da Neuralink já consegue jogar Counter Strike 2

De acordo com a empresa, os problemas que afectaram o primeiro implante foram resolvidos.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 3 min
Imagem - Neuralink

No início deste ano, a Neuralink anunciou o primeiro implante de uma interface cérebro/computador num ser humano. O dispositivo permitiu-lhe navegar pela web e usar videojogos, apenas através do pensamento. Esta primeira tentativa revelou alguns problemas com o implante N1, mas a Neuralink acredita que nesta segunda tentativa, essas dificuldades foram resolvidas. E até publicou um vídeo que mostra um jogo de Counter Strike 2 em que participa o segundo implantado, que foi identificado apenas como ‘Alex’.

Depois de um começo promissor, os eléctrodos do primeiro implante começaram a retrair-se do cérebro de Noland Arbaugh, o nome da primeira pessoa a receber um destes dispositivos. A empresa conseguiu mantê-lo a funcionar através de alterações ao software e usou o conhecimento adquirido para melhorar a técnica de implantação nesta segunda tentativa.

O implante N1, tem 64 filamentos com eléctrodos que lêem a actividade eléctrica dos neurónios no cérebro, depois o software interpreta esses sinais como movimento ou o premir de um botão do rato.

Segundo a Neuralink, os problemas com o primeiro implante foram causados por bolhas de oxigénio entre o cérebro e o crânio que fizerem com que os filamentos se desalojassem lentamente, o que levou a perdas de sinal. A solução encontrada pela empresa para a segunda tentativa, foi a implantação dos filamentos a profundidades diferentes e alterar o osso do crânio para que o implante se mantenha mais perto do cérebro. Até agora, parece que estas alterações estão a funcionar e não há sinais de retracção dos filamentos do segundo implante.

Foi publicado um vídeo que mostra Alex, que é tetraplégico, a jogar Counter Strike 2 usando apenas o pensamento para mover a sua personagem e disparar. Alex também aprendeu a usar software de design em 3D e já desenhou um suporte para o carregador do N1 para adaptar ao suporte do computador portátil que usa.

A Neuralink está a planear aumentar as capacidades de controlo dos seus implantes. A equipa de desenvolvimento está a trabalhar numa forma de descodificar vários cliques simultâneos e intenções de movimento para tornar mais fluído o controlo de um computador. A empresa também quer tornar os implantes compatíveis com mais objectos, como braços robóticos ou cadeiras de rodas motorizadas.

Etiquetas:
Exit mobile version