O combate político entre Donald Trump e Kamala Harris pela presidência dos EUA pode ter uma interferência externa; este perigo já tinha sido real nas eleições de 2020 – mais tarde, falou-se da influência da Rússia.
A Microsoft, a partir do seu Threat Analysis Center (MTAC), publicou um relatório que identifica «acções levadas pelo Irão para influenciar as eleições presidenciais» deste ano, nos EUA, em Novembro.
Segundo o MTAC, isto será feito «através da intimidação ou o incitamento à violência contra figuras ou grupos políticos», cujo objectivo será «promover o caos e semear a dúvida sobre a integridade deste ato eleitoral».
No relatório ‘Iran Steps Into US Election 2024 With Cyber-enabled Influence Operations’, a Microsoft garante que, «nas últimas semanas», houve pelo menos três grupos «ligados ao governo iraniano a intensificar dois tipos de actividade».
As acções levadas a cabo por estes grupos têm que ver com «campanhas de influência para suscitar controvérsia ou influenciar os eleitores, especialmente em estados [dos EUA] indecisos»; e com operações destinadas a «obter informações sobre campanhas políticas» para, no futuro, «influenciar processos eleitorais».
Em concerto, este grupos criam sites para lançar fake news e propaganda contra os candidatos: o Nio Thinker, que se «destina a audiências de esquerda», tem vários artigos que insultam o Donald Trump»; e o Savannah Time, conservador, que se centra em «temas como as questões LGBTQ+ e a mudança de género»
Há ainda uma terceira actividade identificada pela Microsoft: «Um grupo ligado ao Corpo de Guardas da Revolução Islâmica enviou, em Junho, um e-mail de spear phishing a um oficial de alta patente de uma campanha presidencial a partir da conta comprometida de um antigo conselheiro de estado».
Além do Irão, este relatório (que pode ser lido aqui) também inclui «actividades observadas pela Microsoft por parte de agentes que promovem os objectivos geopolíticos da Rússia e da China, cada um com diferentes graus de eficácia».