A Intel anunciou que vai reduzir a força de trabalho em mais de 15%, o que corresponde a um corte de quinze mil postos de trabalho, como parte de um plano de redução de custos avaliado em dez mil milhões de dólares que será posto em prática em 2025.
Até 2026, a empresa vai reduzir as despesas de pesquisa e desenvolvimento e de marketing, interromper todo o trabalho não-essencial e vai fazer uma auditoria a todos os projectos em curso e equipamentos que estão a ser usados para controlar os custos.
A empresa anunciou um prejuízo de 1,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2024, um valor muito mais alto que os 437 milhões que tinha perdido no trimestre anterior. «O nosso desempenho no segundo trimestre foi desapontante, mesmo tendo atingido algumas metas no que respeita a processos de fabrico e tecnologias. Os nossos resultados não cresceram como esperado e ainda não conseguimos beneficiar com as tendências do momento, como a inteligência artificial», disse Pat Gelsinger, CEO da Intel.
A receita da empresa no segundo trimestre foi de 1,2 mil milhões, menos 1% em relação ao ano passado. A razão não se prende com um decréscimo nas vendas dos seus produtos: o problema está nos investimentos que a Intel tem feito em novo equipamento de fabrico de chips com tecnologia Extreme Ultraviolet Lithography e nas próprias fábricas.
Praticamente, todas as perdas dos dois últimos trimestres estão ligadas a este negócio; já a venda de chips para PC e servidores continua de “boa saúde”.