Quase todos temos discos rígidos antigos de computadores que já não temos ou unidades externas das quais perdemos os cabos e carregadores, muitos dos quais proprietários. Neste guia, usamos uma docking station para ligar esses discos, ter acesso ao seu conteúdo e, até, dar-lhes uma segunda vida.
1 – Escolher uma docking station
A primeira etapa é escolher a docking station certa – a oferta é muita. Pode encontrar opções na Fnac, na Worten e na Amazon ou em lojas mais especializadas, como a PCDiga. Vamos usar uma da Lindy, com dois slots, compatível com discos HDD e SDD mais antigos, de 3,5 ou 2,5 polegadas. Esta docking station tem ligações SATA, ou seja, Serial AT Attachment, em que o ‘AT’ vem nome do computador na qual a interface apareceu pela primeira vez há cerca de quarenta anos, o IBM AT (Advanced Technology).
Se tiver apenas uma unidade armazenamento e quiser mantê-la permanentemente ligada ao computador, a melhor opção é mesmo uma caixa ou um caddy, que estão mais adaptados para serem usados a longo prazo.
2 – Retirar o disco da caixa
Se a unidade de armazenamento já estiver fora do PC, por já a ter tirado antes de o deitar fora, este passo pode ser ignorado. Caso contrário, aconselhamos que procure na Internet instruções em texto ou um vídeo sobre como desmontar um disco rígido. De qualquer forma, tenha sempre cuidado ao retirar a ficha que liga o disco à motherboard e a de alimentação, para não danificar essas ligações. No nosso caso, vamos usar um HDD de 2,5 polegadas retirado de um antigo portátil que já não está em uso.
3 – Ligar a docking station
Depois de retirar a disco do computador, veja de que lado está a ligação que permite a transferência dos dados e a alimentação, para depois o inserir correctamente na docking station; é quase impossível ligar incorrectamente o disco rígido, já que só entra de uma maneira. Certifique-se de que o dispositivo está desligado para não existir um pico de corrente quando coloca a unidade de armazenamento na estação.
As abas que cobrem as ligações SATA da nossa docking station têm uma abertura para unidades de 2,5 polegadas. Se for esse o seu caso, pressione a aba para ver melhor como encaixar correctamente o disco sem causar danos. Um disco de 3,5 polegadas é mais fácil de ligar, uma vez que haverá menos oportunidades de não acertar com o sítio onde tem de ligar o mesmo. Em qualquer dos casos, verifique sempre no final se o disco está correctamente encaixado; depois, ligue a docking station a uma porta USB no seu PC. Se a estação que está a usar tiver ligação USB-A 3.0 ou 3.1 (ver foto), esta é azul e tem uma lingueta de plástico presente, quer na extremidade do cabo, quer na docking station. Isto significa que é compatível com uma velocidade de transmissão de dados superior; caso também tenha uma USB 3.0 no seu computador, vai conseguir transferir ficheiros e outros dados de forma muito mais rápida. No final de ter tudo montado, ligue o interruptor da docking station.
4 – Aceder aos ficheiros
Se o disco não tiver falhas, o Windows deverá identificá-lo facilmente e estabelecer a ligação. Abra o ‘Explorador de Ficheiros’ e procure a unidade de armazenamento na barra lateral, à esquerda, onde lhe terá sido atribuída uma letra (como ‘D:’ ou ‘E:’) e um nome. Caso o disco não apareça, pode estar danificado ou querer apenas dizer que o sistema operativo não o consegue utilizar. Neste caso, carregue no símbolo do ‘Windows’, escreva partição e clique em ‘Criar e formatar partições do disco rígido’. Isto abre a ferramenta ‘Gestão de Discos’, que lista todos os dispositivos de armazenamento ligados ao computador.
No nosso caso, temos várias unidades em funcionamento – ‘C:’ é o disco rígido interno no qual está o sistema operativo; ‘D:’ é uma unidade de backup; depois, há mais uma que está ligada à docking station. O Windows afirma que este disco está ‘Não inicializado’, o que pode querer dizer que não está formatado ou que há um problema com a unidade, que pode estar na forma como os ficheiros estão indexados; se for este o caso, podemos tentar ter acesso aos dados com um software de recuperação. Se encontrar vestígios dos dados, vai ser possível fazer uma cópia segura: para isto, usamos o EaseUS Data Recovery Wizard. Aqui, a versão gratuita pode não ser suficiente para o que precisa, já que está limitada a 2 GB de dados. Se os ficheiros a recuperar forem realmente importantes, pode pensar comprar ou fazer uma subscrição mensal do programa para deixar de ter limite de dados e, assim, beneficiar da opção de recuperação automática, o ‘Auto-Recovery’. Por definição, os ficheiros serão guardados na unidade ‘C:’ , mas recomendamos que crie uma subpasta para encontrar mais facilmente a informação. Clique em ‘Selecionar a Pasta’, navegue até à mesma e faça ‘OK’.
5 – Formatar o disco
Quer consiga recuperar, ou não, os ficheiros, terá de limpar a unidade de armazenamento antes de a poder utilizar novamente. Para tal, no ‘Explorador de Ficheiros’ basta clicar com o botão direito do rato no disco em questão e seleccionar ‘Formatar…’. Caso o disco não apareça, terá de o formatar através da ‘Gestão de Discos’: clique com o botão direito do rato na unidade que quer formatar e, em seguida, seleccione ‘Inicializar disco’. Deixe as opções como estão na caixa que aparece e clique em ‘OK’.
Se o aviso ‘Não inicializado’ mudar para ‘Online’, pode tentar formatar o disco. Clique com o botão direito do rato na caixa ‘Não atribuído’ > ‘Formatar…’ > ‘Novo volume simples’. Siga as instruções, aceitando as opções que aparecem seleccionadas e faça ‘Concluir’. O Windows vai tentar formatar a unidade. No início, o nosso disco não foi formatado e recebemos o aviso ‘O dispositivo não está preparado’. No entanto, tentámos novamente e, desta vez, foi formatado sem problemas.