Desde o lançamento dos primeiros leitores de e-books, que o Santo Graal desta tecnologia era o desenvolvimento de um ecrã e-ink capaz de reproduzir cores, o que poderia abrir estes produtos a mais público, como por exemplo aos consumidores de BD. Mas o caminho em direcção à cor tem sido complicado para esta tecnologia.
Na minha opinião, como devorador de livros, os e-readers com ecrãs e-ink foram uma das melhores invenções do século XXI. Perde-se o cheiro da tinta e do papel (o que é pena), mas ganha-se em comodidade, porque já não é necessário andar com quilos de livros atrás; além disso, conseguimos comprar e descarregar um livro novo em segundos.
Ao contrário dos ecrãs dos smartphones, ou tablets, os e-ink não precisam de serem “actualizados” constantemente, o que permite uma experiência de leitura mais próxima do que se consegue com o papel. Assim, o consumo de energia é muito menor, o que faz com que as baterias destes dispositivos durem semanas – neste modelo, conseguimos três. Em finais de 2019, a E-Ink, a empresa que desenvolve e fabrica os ecrãs para estes dispositivos, apresentou os displays a cores Kaleido, que agora chegam ao Libra Colour na sua terceira geração, lançada em 2023.
Infelizmente, as cores têm todas um tom pastel: falta-lhes brilho, mesmo com a retroiluminação ligada – no entanto, é um avanço em relação ao que estava disponível até agora. Uma outra novidade do Libra é a possibilidade de usar uma caneta igual à que acompanha o modelo Elipsa, sendo possível escrever, desenhar, anotar livros e outros documentos – e, como o ecrã é a cores, isto pode ser feito com vários tons..
De resto, o Libra Colour é tão bom como o Libra 2: o ecrã é muitíssimo nítido e a ligação à loja Kobo permite comprar e descarregar muitos livros em português, o que é uma vantagem em relação a outros e-readers disponíveis em Portugal.
Distribuidor: Kobo
Preço: €229,99