É uma característica que Safari e Firefox já têm há algum tempo e que a Google chegou a planear incluir no Chrome, mas que agora é afastada pela empresa: bloquear cookies de terceiros no seu browser, por pré-definição.
Como se sabe, os cookies são pequenos ficheiros que têm informação sobre o histórico de navegação dos utilizadores e que permitem aos sites criar anúncios personalizados com base nessa actividade. Desta forma, e contrariamente ao que acontece com os browsers da Apple e da Mozilla, os cookies de terceiros vão continuar a ser guardados pelo Chrome.
Como alternativa a este bloqueio, que deveria ser padrão, o Chrome vai pedir aos utilizadores que «façam uma escolha informada que se aplique a toda a sua navegação na Web». Este anúncio foi feito através de um post no blog da empresa, escrito por Anthony Chavez, vice-presidente da Google Privacy Sandbox.
Lembre-se que a Google tem o seu próprio mecanismo de rastreio na Web, precisamente, a tecnologia Privacy Sandbox. Contudo, esta decisão de não bloquear cookies de terceiros e de lançar alternativas de segmentação de anúncios, como a FLoC ou a API Topic, é vista pela Electronic Frontier Foundation (EFF) como uma «ameaça à privacidade».
A EFF (uma organização sem fins lucrativos fundada em 1990 que defende as liberdades digitais), acusa ainda a Google de, com estas tecnologias de segmentação, «prejudicar a concorrência» e «beneficiar injustamente» o seu «negócio de publicidade».