Pedro Almeida, aluno do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, criou um «jogo sério para estimulação cognitiva» para idosos.
O projecto foi desenvolvido no âmbito da dissertação de mestrado ‘Interação de um Robô Social com Utilizadores Humanos através de Linguagem Natural’, dado que o aluno é finalista do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores.
Num teste-piloto com cartorze idosos da Cáritas Diocesana de Coimbra, o robô mostrou capacidade de «interagir e comunicar com pessoas através da fala», mas não só: foi capaz de «escutar e compreender» o que os utentes deste centro lhe disseram.
«O jogo sério consiste num sistema interactivo que efectua a narração de uma história em que o robô interpela o utilizador dando-lhe a possibilidade de escolher o curso seguinte da história, mediante as respostas recebidas pelo idoso e as suas preferências», explica Rui P. Rocha, orientador da dissertação de Pedro Almeida.
Para contar estas histórias, o robô recorre a inteligência artificial, com uma componente de personalização: «A narração é criada com base nas preferências e dados pessoais do utilizador, introduzidos no sistema através de uma interface desenvolvida para os terapeutas ocupacionais».
Segundo Rui P. Rocha, os idosos que interagiram com o robô e os responsáveis da Cáritas fizeram uma «avaliação positiva» desta interacção, o que prova o «elevado potencial do trabalho que tem sido e continuará a ser desenvolvido neste projecto».
Esta iniciativa junto da Cáritas Diocesana de Coimbra aconteceu, ainda, associada ao projecto EuroAGE+, qcujo objectivo é «promover o envelhecimento ativo através da utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) e, em particular, de robôs sociais assistenciais», conclui a Universidade de Coimbra.