Com um preço de mais de três mil euros, o headset de realidade virtual e aumentada da Apple não é propriamente um gadget acessível para a maioria dos utilizadores. Os Vision Pro foram anunciados há um ano, na WWDC 2023, e chegaram às lojas dos EUA no início deste ano.
Até ao final de Junho, os Vision Pro começam a ser vendidos na China, em Hong Kong e em Singapura e, em Julho, será a vez de França, Alemanha, Canadá, Austrália e Reino Unido; Portugal continua, para já, de fora dos planos da Apple, embora seja possível comprá-los na Europa.
Mas, mesmo com este alargamento a mais mercados, as vendas podem não ser muito “famosas” para a Apple; segundo Mark Gurman, jornalista do Bloomberg especialista em assuntos relacionados com a “maçã”, a empresa teve de repensar a sua estratégia com os Vision Pro e vai avançar para um modelo mais acessível e «popular», embora com alguns compromissos.
A nova versão dos Vision Pro deverá ter como objectivo a massificação desta tecnologia, com um preço entre os «1500 e dos 2000 dólares [1300 a 1800 euros]», garante Mark Gurman. Aqui, a marca estará a debater-se com alguns problemas, principalmente o equilíbrio entre os custos e manter «funcionalidades essenciais».
Uma das funcionalidades que pode saltar fora é o EyeSight, que mostra os olhos do utilizador nos ecrã exteriores do Vision Pro. A utilização de um «processador menos potente», a «redução do campo de visão» e da «qualidade dos visuais de realidade aumentada» serão outras coisas a riscar da lista do modelo mais acessível.
Mark Gurman diz ainda que uma das possibilidades em cima da mesa é tornar os novos Vision «dependentes de um Mac ou um iPhone», a que o headset teria de estar sempre «ligado com um cabo». A justificação é simples: «Poupar dinheiro em componentes e capacidade de processamento».
O Vision mais acessíveis devem chegar ao mercado no final de 2025, enquanto a nova versão dos Vision Pro estará agendada para os últimos meses de 2026, conclui Gurman.