Este mês, vai decorrer o ‘Miss AI’, o primeiro concurso de beleza para modelos virtuais criadas através de inteligência artificial. O júri é composto por dois seres humanos e dois modelos virtuais e será responsável pela atribuição de milhares de dólares em prémios ao modelo vencedor.
O concurso é promovido pela plataforma britânica Fanvue, em colaboração com os World AI Creator Awards (WAICA). O total de prémios a atribuir ultrapassam os 20000 dólares e o vencedor recebe 5000 dólares em dinheiro mais a possibilidade de participar em programas de aperfeiçoamento de competências e usar serviços de relações públicas que valem mais 7000 dólares.
As modelos virtuais podem ser criadas através de qualquer tipo de ferramentas de geração de imagens por inteligência artificial, sejam as comerciais, que estão acessíveis a todos, ou as criadas especificamente pelos responsáveis pelas modelos. Todas as modelos estar presentes no Instagram onde mostram aspectos das suas “vidas” e interagem com os fãs.
Os quatro juízes, dos quais apenas dois são de carne e osso, vão avaliar as modelos com base na beleza, na forma como a tecnologia foi usada para as criar e no desempenho que têm nas redes sociais. A avaliação deste último aspecto inclui os números de interacções com os fãs, a evolução da audiência e a utilização das várias plataformas, incluindo o Instagram.
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O júri já seleccionou os 10 finalistas a partir de 1500 concorrentes e o resultado será conhecido no final do mês de Junho. Uma das finalistas chama-se Olivia C e foi criada em Portugal pela agência Falamusa, das Caldas da Rainha. O seu perfil no Instagram está cheio de fotos que foram tiradas em vários locais do nosso país, incluindo o Gerês e o Porto. Outros finalistas vêm da França, Marrocos, Turquia, Roménia, Bangladeche e Brasil.
Os organizadores deste concurso dizem que é um grande “passo em frente”, mas os críticos afirmam que este concurso de beleza virtual pode ser pior que os tradicionais, porque as modelos que concorrem têm aspectos exagerados e irrealistas. Apesar das críticas, os influenciadores virtuais podem ganhar muito dinheiro. Um dos membros do júri, Aitana Lopez, a primeira modelo criada por IA em Espanha, pode receber até 10000 euros por mês com os trabalhos que realiza para várias marcas. A agência que a criou, The Clueless, espera que mais marcas comecem a usar modelos criados por IA. Para as marcas, o apelo destes modelos é quase irresistível, porque não envelhecem e não causam controvérsias.