Antes de mais, é um pouco frustrante testar uma máquina com um processador de última geração que foi pensado para ajudar em tarefas de inteligência artificial, que, para já, não são muitas. Feita esta ressalva, este Zephyrus é um PC para jogos fino e leve, que traz um CPU topo de gama da Intel da geração mais recente, o Core Ultra 9, com dezasseis núcleos que podem chegar aos 5,1 GHz. Todo o hardware incluído é impressionante, mas há um pequeno problema: como já foi mencionado, o PC é fino e isto levou a que a Asus tivesse de fazer opções no que respeitou à gestão térmica. E como tanto o Ultra 9, como a RTX 4090, sugam muita energia e “cospem” grandes quantidades de calor (principalmente em situações de cargas de processamento mais elevadas), estas opções tiveram necessariamente de passar pela limitação da quantidade de energia fornecida a esses componentes, o que acaba por limitar o desempenho. Mas já lá vamos.
Versão Intel muito semelhante à AMD
Tal como em outros portáteis Asus recentes, o ecrã é OLED: a qualidade da imagem é muito boa, mas se não gostar de cores muito saturadas, típicas destes displays, terá de fazer alguns ajustes nas definições do Windows. De resto, exceptuando o CPU, a gráfica e o tamanho do ecrã, este Zephyrus é muito semelhante ao modelo AMD que testámos há pouco tempo – até tem aquele sistema de iluminação diagonal na tampa.
O teclado é confortável de usar e muito silencioso, mas o trackpad, de grandes dimensões, podia ser um pouco mais preciso, porque muitas vezes não conseguiu detectar correctamente os toques para fazer surgir o menu de contexto.
Autonomia sabe a pouco
Mas vamos ao desempenho: este é o primeiro PC portátil para jogos em que usámos um novo método de testes que acrescenta os valores de desempenho dos gráficos em ray trace à média geral. Estes testes são feitos com o 3D Mark da UL e com o Benchmark do Cyberpunk 2077 numa resolução 1440p, com as definições gráficas em ‘Ray Tracing: Medium’.
Apesar da gestão térmica que a Asus teve de fazer, este portátil aguentou-se muito bem nos testes mais exigentes. Não sendo espectacularmente rápido, dá perfeitamente para jogar qualquer coisa com qualidade de imagem e sem cortes – conseguimos mais de 100 fps em Far Cry 6 e, principalmente, em Shadow of the Tomb Raider; com Cyberpunk 2077, a média ficou pelos 60 fps. Curiosamente, nos jogos (exceptuando CyberPunk 2077), os valores foram semelhantes aos conseguidos com o modelo AMD do Zephyrus.
A pior prestação que este computador teve foi no teste de autonomia, onde chegámos apenas aos 189 minutos – a versão AMD conseguiu 324, mas também tinha um ecrã mais pequeno.
Distribuidor: Asus
Preço: €4999,99
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 8189
- PCMark 10 Bateria: 189 minutos
- 3D Mark Fire Strike: 30 541
- 3D Mark Time Spy: 15 635
- 3D Mark Ray Trace Feature Test: 58,5 FPS
- 3D Mark DLSS feature test: 92,7
- Far Cray 6: 104 fps
- Shadow of the Tomb Raider: 129 FPS
- Cyberpunk 2077: 59,9 FPS
Ficha Técnica
Processador: Intel Core Ultra 9 185H 2,3 GHz; NPU Intel AI Boost
Memória: 32 GB LPDDR5X 7467
Armazenamento: SSD NVMe PCIe 4.0 com 2 TB
Placa Gráfica: Nvidia GeForce RTX 4090 Laptop GPU com 16GB GDDR6
Ecrã: 16” OLED (2560 x 1600) a 240 Hz
Ligações: HDMI 2.1, 2 x USB-A 3.2 Gen 2, USB-C 3.2 Gen 2 (com DisplayPort e power delivery), Thunderbolt 4 (com DisplayPort e power delivery), leitor de cartões SD, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3, jack 3,5mm
Dimensões: 354 x 246 x 149 mm
Peso: 1,95 kg