Os chiplets servem para dividir a complexidade do design dos chips por vários componentes mais pequenos. E a AMD é a fabricante na linha da frente da utilização destes chiplets, com a sua implementação nos seus CPU e GPU para data centers. As placas gráficas mais recentes RDNA 3 da AMD também os usam, mas de uma forma rudimentar. Agora, uma nova patente da empresa mostra como pode ser a evolução da utilização de chiplets no contexto do hardware para gráficos.
A patente, que foi pedida em Dezembro de 2022 e concedida este mês, descreve um design para um GPU que divide as suas funcionalidades entre vários conjuntos de chiplets. Cada um tem um componente frontend que está ligado a vários shaders. Mas a grande novidade é que os chiplets podem ser combinados em várias configurações.
Por exemplo, os conjuntos de chiplets podem trabalhar em conjunto como se fossem um único GPU com um design monolítico, ou podem ser separados em grupos que funcionam como GPU independentes. Até podem ser usados num modo híbrido em que alguns grupos de chiplets funcionam independentemente e outros como um GPU unificado.
Este design oferece vários benefícios, como a possibilidade de aumentar ou diminuir os recursos disponibilizados pelo GPU com base nas necessidades do software ou no modo de funcionamento do dispositivo. Também há benefícios no que respeita à forma como os chips são produzidos, porque a utilização de chiplets permite misturar vários métodos de fabrico num único chip. Neste caso, apenas os componentes mais críticos como os núcleos de processamento serão produzidos com recurso às tecnologias mais recentes (e mais caras), enquanto a lógica que permite o funcionamento do chip pode usar métodos de fabrico mais antigos (e mais baratos).
Como já foi mencionado, a AMD já usou versões rudimentares de chiplets nos seus GPU RDNA 3 para separar o GPU da memória cache. Circulam alguns rumores que indicam que a Nvidia está a trabalhar na implementação de chiplets na sua próxima geração de GPU.