Se estiver a par das notícias sobre tecnologia, já deve ter reparado que as maiores empresas neste mercado estão a empregar muitos recursos no desenvolvimento da inteligência artificial generativa.
Por exemplo, a Apple cancelou o desenvolvimento do seu automóvel eléctrico e canalizou recursos para o desenvolvimento de IA. Notícias recentes dão conta que a Apple fez um acordo com a OpenAI para trazer o ChatGPT para o iPhone.
Este pode ser um esforço por parte da Apple para apanhar a Microsoft, que recentemente se tornou a empresa mais valiosa do mundo muito devido ao forte investimento que tem feito para trazer funcionalidades de IA para o Windows e para o Office, o que é visto com bons olhos pelos investidores.
Mas tudo pode não passar de uma moda, um estudo recente, levado a cabo pelo Reuters Institute e pela Universidade de Oxford sobre a utilização de inteligência artificial generativa, conclui que, apesar das notícias, conjecturas e antecipação à volta da inteligência artificial, esta tecnologia ainda é pouco usada.
No estudo, foram inquiridas 12000 pessoas em seis países para determinar o nível de utilização de ferramentas de IA, como o ChatGPT. Apenas 2% dos participantes responderam que usam ferramentas de IA todos os dias. As conclusões do estudo também demonstram que são os indivíduos mais novos (entre os 18 e os 24 anos) que estão mais predispostos a integrar a IA na sua rotina diária.
A ferramenta de IA generativa mais usada nestes seis países é o ChatGPT e entre 20 e 30% dos utilizadores de Internet inquiridos nunca tinham ouvido falar de ferramentas de inteligência artificial.
A resistência à utilização das ferramentas de IA pode ter várias causas, da desconfiança acerca de possíveis problemas de privacidade e segurança ao desconhecimento do que se consegue fazer com elas.
Para apaziguar os mais desconfiados no que respeita à falta de privacidade das ferramentas de inteligência artificial, a Microsoft apresentou recentemente os computadores Copilot+ que têm a capacidade de executar algumas tarefas de IA localmente, sem ser necessário aceder à Internet.
Já a nova funcionalidade Recall que vai ser integrada no Windows foi recebida com alguma desconfiança por vários utilizadores porque funciona através da captação regular de imagens do que se passa no ecrã do computador.