Desde que foi lançado em 2021 o Windows 11 tem competido com o Windows 10 pela atenção dos utilizadores de PC. A Microsoft esperava que o novo sistema operativo conseguisse destronar o anterior com novas funcionalidades, uma interface mais actual e com as melhorias na qualidade de vida dos utilizadores. No entanto, nem toda a gente gostou da mudança. De acordo com as mais recentes estatísticas publicadas pelo site Statcounter, o Windows 10 ganhou quota de mercado em Abril, tendo ultrapassado os 70% pela primeira vez desde o final de 2023.
Em Abril, o Windows 10 subiu um 1 ponto percentual para 70,1% de quota de mercado dos utilizadores Windows. No mesmo período, a quota de mercado do Windows 11 desceu ligeiramente para 25,69%, o que pode querer dizer que há utilizadores do Windows 11 a mudarem para o Windows 10. Como o Windows 10 já não vem incluído nas máquinas novas, o mais certo é que este aumento de utilizadores venha de grandes quantidades de computadores recondicionados que têm inundado o mercado. Estas máquinas estão a ser vendidas a preços de saldo mesmo com configurações interessantes para os utilizadores que procuram máquinas para utilizações básicas.
Tal como já referimos noutras notícias que mencionam estes valores, os números publicados pelo Statcounter não dão uma imagem completa do mercado, porque são baseadas em dados de utilização detectados a partir dos dispositivos que acedem à Internet e não vêm de fontes oficiais. No entanto, de acordo com uma análise feita pelo site Neowin, as versões anteriores do Windows só começaram a perder quota de mercado quando chegou um sucessor e não a meio do ciclo de vida, como está a acontecer com o Windows 11.
O Windows 10 tem 9 anos e, este ano, o Windows 11 faz 3 anos desde que foi lançado, por isso, no contexto dos sistemas operativos, ainda é adolescente, por isso não deixa de ser bizarro que esteja a perder quota de mercado para um sistema operativo que já não tem uma actualização de fundo desde há muito tempo.
Ma verdade, desde o lançamento o Windows 11 não tem sido consensual. O primeiro problema foram os requisitos de hardware mais apertados que a Microsoft impôs e depois, aparentemente, os utilizadores não gostaram muito das mudanças que foram feitas à interface de utilização. A Microsoft esperava que a adição do assistente com inteligência artificial Copilot chamasse mais utilizadores para o Windows 11, mas, a fazer fé nestes números, parece que os utilizadores não foram seduzidos pela IA da Microsoft e OpenAI.
Este ano, a Microsoft vai distribuir uma grande actualização, a 24H2, para o Windows 11 que vai incluir novas funcionalidades de IA. Todavia, a maioria dos utilizadores ainda não têm um dos novos ‘AI PC’, por isso ainda se está para ver se será um sucesso.