É uma questão de tempo: o Senado dos EUA aprovou o projecto de Lei que proíbe o TikTok e, agora, falta apenas a assinatura de Joe Biden (que já garantiu a sua aprovação) neste diploma para que o bloqueio tenha efeito em solo norte-americano.
Neste momento, há apenas uma alternativa à proibição do TikTok nos EUA: a ByteDance, a empresa que detém esta app de vídeos curtos, tem de a vender no prazo de um ano, a contar do dia em que o presidente dos EUA ratifique o diploma.
Segundo o The Verge, este projecto de Lei «dá à ByteDance um prazo inicial de nove meses» e, ao presidente, a «possibilidade de o prolongar por mais três meses, caso se registem progressos no sentido de um acordo».
As razões que levaram a este desfecho têm que ver com o facto de as entidades oficiais dos EUA (governo, legisladores e serviços secretos) acreditarem que, pelo facto de o TikTok fazer parte de uma empresa chinesa, a segurança dos dados dos utilizadores estar em risco.
Estas suspeitas têm um fundamento: há uma Lei chinesa, relativa a segurança nacional, que obriga as empresas a ceder informações às autoridades, no decorrer e uma possível investigação. Ainda assim, o TikTok tem sede em Singapura e a ByteDance garante que «não armazena informações dos EUA na China».
«O Congresso não está a agir para punir a ByteDance, o TikTok ou qualquer outra marca, mas sim para impedir que empresas estrangeiras conduzam operações de espionagem, vigilância e enviesamento para prejudicando cidadãos, militares e funcionários do governo dos EUA», justificou Maria Cantwell, presidente da Comissão de Comércio do Senado, no plenário que antecedeu a votação do projecto de Lei.