Se olharmos para a folha de cálculo em que inserimos os valores das medições e notas do hardware que testamos, consegue ver-se facilmente que os smartphones de entrada de gama e de gama média estão em minoria. Isto é compreensível, porque os fabricantes querem sempre mostrar o que de melhor conseguem a fazer. Por isso, foi com alguma curiosidade que testei o Pixel 7a, o smartphone de gama média que a Google trouxe para Portugal, em conjunto com os Pixel 8 e 8 Pro.
O mesmo do ano passado, só que melhor
Como o nome indica, o Pixel 7a é, essencialmente, o Pixel 7 (que nunca cá chegou oficialmente), mas com algumas modificações. O ecrã é ligeiramente mais pequeno em relação ao do Pixel 7 (6,1 contra 6,3 polegadas), mas a resolução é a mesma: 1080 x 2400. A tecnologia do ecrã e a taxa de actualização de 90 Hz também se mantêm.
A outra diferença está nas câmaras: no Pixel 7a, as traseiras têm 64 e 13 MP, com a de selfie a chegar aos 13 MP; o modelo anterior tinha, igualmente, um sensor duplo traseiro, mas com 50 e 12 MP, sendo que à frente havia uma câmara de 10,8 MP. O Pixel 7 tinha opções com 128 e 256 GB de armazenamento, enquanto este apenas tem uma de 256 GB. De resto, os dois telefones são iguais no processador (Google Tensor G2) e na quantidade de memória (8 GB). O sistema operativo é o Android 14 “puro” e, por isso, a experiência de utilização é semelhante à que se consegue com o Pixel 8 e Pixel 8 Pro: fluida, optimizada e excelente.
Pequeno, mas está lá
O Pixel 7a é um objecto leve, que cabe perfeitamente na mão. O design é muito semelhante ao do Pixel 8, com rebordos arredondados e uma faixa horizontal na parte de trás onde estão instalados os sensores das duas câmaras e o flash. O ecrã é um pouco menos brilhante que o dos Pixel 8, mas não deixa de ter cores saturadas e um movimento suave e fluído.
Mesmo em situações de iluminação deficiente, as fotos tiradas com Pixel 7a têm bastante detalhe graças ao pós-processamento feito com a ajuda de algoritmos de IA.
Como já mencionei, o Pixel 7a tem o mesmo software que os Pixel 8, mas não dispõe de algumas funcionalidades que envolvem inteligência artificial, como a que permite escolher a melhor foto da cara de uma pessoa. Ainda assim, podemos contar com a que permite apagar elementos não-desejados, nas fotografias.
Uma agradável surpresa foi o desempenho. Embora seja naturalmente mais lento que os Pixel 8, na gama dos smartphones entre os quatrocentos e os oitocentos euros é um dos mais rápidos que testámos, tendo ficado em primeiro lugar nos benchmarks do Geekbench, nesta classe de dispositivos.
Distribuidor: Google
Preço: €519
Benchmarks
- AnTuTu: 836 551
- 3D Mark Wild Life: 6653
- Geekbench 6 Single CPU: 1458
- Geekbench 6 Multi CPU: 3840
- Geekbench 6 OpenCL: 4537
- PCMark 3.0 Work: 10491
- PCMark 3.0 Battery: 702 minutos
Ficha Técnica
Processador: Tensor G2
Memória: 8 GB
Armazenamento: 128 GB
Câmaras: 65 MP + 13 MP (traseira); 13 MP frontal
Ecrã: 6,1” OLED HDR (1080 x 2400), 429 ppi
Bateria: 4385 mAh
Dimensões: 152 x 72,9 x 9 mm
Peso: 193,5 g