A Samsung acaba de apresentar a nova geração de memórias HBM3E ‘Shinebolt’ e GDDR7. Embora a empresa coreana se tenha atrasado em relação à concorrência no lançamento de memórias HBM3E, as ‘Shinebolt’ são, provavelmente, as memórias mais rápidas para utilização em aplicações de computação de alto desempenho (High Performance Computing, ou HPC). Em contrapartida, a Samsung vai à frente no desenvolvimento de memórias GDDR7 que podem ser até duas vezes mais rápidas que as GDDR6X.
Devido a oferecem uma grande largura de banda por chip e poderem ser usadas em configurações empilhadas, as memórias HBM são comuns em GPUs topo de gama e mesmo em CPUs desde que a JEDEC publicou a especificação destas memórias em 2013. Os chips Grace Hopper GH200 da Nvidia vão ter uma variante compatível com estas memórias, apesar de a versão original ser compatível com memórias HBM3. A Intel também usou memórias HBM2E nos processadores Xeon Max Sapphire Rapids.
A SK Hynix começou a distribuição aos parceiros de memórias HBM3E em Maio e a Micron em Julho. A Samsung tentou diferenciar os seus chips através de um grande aumento no desempenho: enquanto as memórias HBM3E da SK Hynix e da Micron podem chegar aos 8 Gbps e 9,2 Gbps por cada pino, as HBM3E da Samsung conseguem atingir os 9,8 Gbps por pino, o que é um avanço considerável em relação à concorrência directa.
A Samsung anunciou também novos chips GDDR7, que conseguem chegar aos 32 Gbps por chip. Como termo de comparação, as memórias GDDR6X, fabricadas pela Micron para a Nvidia, conseguem chegar aos 22 Gbps e os chips GDDR6 chegam a 16 Gbps. A norma de memórias GDDR6 já é usada há bastante tempo, tendo sido integradas pela primeira vez nas gráficas GeForce RTX da série 20, já as GDDR6X começaram a ser usadas com a série RTX 30. Como se pode perceber, a tecnologia GDDR7 pode trazer bastantes vantagens de desempenho à próxima geração de placas gráficas.
Segundo a documentação técnica da Samsung, as memórias GDDR7 serão 20% mais eficientes que as GDDR6 e permitirão uma largura de banda de 1,5 TB por segundo em algumas configurações. Até agora, este nível de desempenho em GPU para o mercado de consumo só era possível através da utilização de memórias HBM2, que conseguia uma largura de banda máxima de 1 TB por segundo na Radeon VII lançada em 2019.