A Google começa hoje a ser julgada nos EUA pelas práticas monopolistas relacionadas com o seu motor de busca. Isto acontece na sequência de processo iniciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que acusa a empresa de impor a sua plataforma de pesquisa nos sistemas operativos e browsers.
«Um monopólio com a dimensão, o âmbito e o historial de comportamentos ilegais e desleais da Google é uma ameaça tremenda ao modo de vida americano e à “saúde” das democracias mundiais», acusa o Open Markets Institute, uma organização sem fins lucrativos dos EUA que se dedica a combater monopólios e a promover a concorrência.
O processo quer demonstrar como a «Google criou e tirou partido do seu domínio na Web para controlar e limitar os concorrentes» assim como para «sufocar a inovação e condicionar as escolha dos motores de busca» por parte dos utilizadores.
Em antecipação deste julgamento, a Google defende-se da acusação, num longo texto publicado por Kent Walker, presidente de relações públicas da Google e Alphabet: «A nossa promoção e distribuição da Pesquisa Google não prejudicou a concorrência, nem reduziu a escolha dos consumidores. Pelo contrário, actualmente existem mais formas que nunca de encontrar informação» na Web.
Kent Walker lembra que o motor de busca da empresa aparece em pé de igualdade com outros, dando um caso prático: as opções que aparecem no browser da Apple, o Safari, onde o Google é apenas mais uma escolha ao lado de Bing e Yahoo.
Sobre a opção das marcas em definir o Google Search como padrão, Kent Walker limita-se a dizer que, se Mozilla, Apple e os fabricantes de Android têm esta opção, é porque é a melhor: «Orgulhamo-nos do facto de os fabricantes de navegadores optarem por mostrar a Pesquisa Google com base na qualidade dos nossos produtos».
O post completo do presidente de relações públicas da Google e Alphabet pode ser lido aqui, com vários exemplos que tentam provar que o motor de pesquisa não tem um comportamento monopolista no mercado.
Lembre-se que, na semana passada, oito serviços da Google foram incluídos na lista da Lei dos Mercados Digitais da UE.