A Deco Proteste partilhou os resultados de um inquérito, feito pelo Grupo Euroconsumers, sobre a percepção que os europeus têm do ChatGPT. O estudo foi feito a partir de um questionário feito a 4212 pessoas (entre 18 e 74 anos), na Bélgica, em Itália, em Espanha e em Portugal.
Uma das principais conclusões tem que ver com o facto de a maioria (84%) dos inquiridos, que dizem terem usado o ChatGPT, estar ‘satisfeita’ com esta plataforma da OpenAI. Entre as razões para esta resposta, estão a «facilidade de registo, a facilidade de utilização, a fiabilidade das respostas e a eficiência na geração de conteúdos».
Destes, 68% diz que recorre ao ChatGPT para «procurar informações», embora o objectivo da redacção de textos esteja muito perto, com 62%. Seguem-se «resumir a informação (37%), obter inspiração (31%) e gerar imagens (25%)».
Sobre a credibilidade desta plataforma de IA, 31% considera que gera informação em que se pode creditar e 73% dos inquiridos sentem-se «satisfeitos com a confiabilidade das respostas fornecidas».
Contudo, o aumento do recurso ao ChatGPT, há a tendência de as pessoas se acomodarem: apesar de 33% dos entrevistados estarem «convencidos de que esta ferramenta de inteligência artificial pode ajudar a economizar muito tempo em várias áreas profissionais», 34% acredita que isso vai tornar as «pessoas mais preguiçosas» ou «levará a mais desemprego» (28%).
Finalmente, sobre a segurança da plataforma, 21% dos entrevistados dizem «confiar nas autoridades europeias» para haver um «controlo eficaz sobre os dados recolhidos através do ChatGPT». Já 30% é da opinião de que os Governos «deviam ter a opção de bloquear temporariamente o ChatGPT, no caso de interesse europeu ou nacional».