PLAY – ROG Ally

A Asus entrou no mercado das consolas portáteis com a Ally, que na verdade é um computador com Windows para jogar em qualquer lado.

Por: Pedro Tróia
Tempo de leitura: 5 min
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Review Overview
Site da ROG

A Asus acaba de lançar a ROG Ally, um PC/consola portátil que, claramente, é uma evolução da consola do Steam Deck da Valve, mas com algumas diferenças dignas de nota. A primeira diferença está no hardware: a Ally usa uma APU da AMD, denominada Ryzen Z1 Extreme, com oito núcleos Zen 4 e uma gráfica Radeon RDNA3 com 4 GB de memória dedicada; a memória RAM LPDDR5 é de 16 GB e o armazenamento está a cargo de um SSD M.2 NVMe com 512 GB, havendo ainda uma ranhura para cartões microSD. O ecrã, sensível ao toque, é LCD IPS, tem sete polegadas, resolução máxima 1080p e tem uma taxa de actualização de 120 Hz.

Tudo isto está envolvido numa caixa feita em plástico branco, com um acabamento imaculado. Curiosamente, a Ally é bem mais leve do que parece quando se abre a caixa.

A outra diferença está no software. Enquanto a Valve desenvolveu uma distribuição Linux própria para usar no Steam Deck, a Asus foi mais conservadora e usou o Windows 11 Home. Isto tem vantagens e (claro) desvantagens. A vantagem é que os jogos podem ser usados sem qualquer tipo de emulação; desvantagem está no facto de o Windows, bom, ser o Windows…

Controlos e ligações
A ROG Ally tem dois joysticks analógicos com iluminação RGB à direita e, à esquerda, esquerdo, um D-Pad digital. Do lado direito estão ainda quatro botões semelhantes aos comandos da Xbox. Na parte de cima, temos dois gatilhos e dois ‘shoulder buttons’; na traseira, há mais dois botões. Os analógicos, os shoulder buttons e os gatilhos são confortáveis de usar, mas estes botões inferiores são duros demais.

Na parte superior está uma entrada USB Type-C para o carregador e uma PCI Express com oito vias para a ligação de acessórios, incluindo uma placa gráfica externa, vendida à parte. Se quiser usar a Ally ligada a uma TV ou a um monitor, terá de comprar um carregador opcional com saída HDMI.

Ajustar as definições gráficas
A ROG Ally pode ser usada em três modos distintos: ‘Desempenho’, ‘Silencioso’ e ‘Turbo’ (este último deve ser usado quando a consola está ligada à corrente para conseguir tirar o máximo partido). Estes, são uma forma conveniente de adaptar automaticamente o desempenho dos vários componentes (bateria, processador, gráfica e sistema de refrigeração) às exigências. Por exemplo, o ‘Silencioso’ não é para ligar em jogos de PC actuais, mas pode ser usado em títulos 2D, emuladores ou como se a Ally como se fosse um computador.

Embora a Ally seja, formalmente, uma consola, tem sempre de configurar as definições gráficas dos jogos para as adaptar às capacidades da máquina, tal como em qualquer PC. Isto pode ser um problema, principalmente para quem comprar a Ally e não souber o que está a fazer. Teria sido interessante a Asus ter incluído um software semelhante ao GeForce Experience da Nvidia, que optimiza todos os jogos instalados para se conseguir obter a melhor experiência de utilização possível com o hardware disponível.


Distribuidor: Asus

Preço: €799


Benchmarks

1080p

  • CoD Modern Warfare II: 60
  • Cyberpunk 2077 (modo Steamdeck): 50
  • Far Cry 6: 50
  • Hitman 3: 47
  • Ori and the Will of the Wisps:167

 

720p

  • CoD Modern Warfare II: 87
  • Cyberpunk 2077 (modo Steamdeck): 63
  • Far Cry 6: 58
  • Hitman 3: 80
  • Ori and the Will of the Wisps: 170

Ficha Técnica

Processador: AMD Ryzen Z1 Extreme Zen 4, com 8 núcleos a 5,10 GHz
Placa gráfica: AMD Radeon RDNA3, com 4 GB RAM e 2,7 GHz
Memória RAM: 16 GB (LPDDR5 6400 Mhz)
Armazenamento: M.2 NVMe 2230 com 512 GB
Ecrã: LCD IPS 7” (1920 x 1080), 120 Hz
Conectividade: WiFi 6E (802.11ax), Bluetooth 5.2, ROG XG Mobile interface (oito vias PCI Express), USB-C, jack de 3,5 mm, leitor de cartões microSD
Dimensões: 280,44 x 111,18 x 21,22 mm
Peso: 608 gr

Review Overview
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Medições 5
Experiência de Utilização 4
Qualidade/Preço 3
Sou director da PCGuia há alguns anos e gosto de tecnologia em todas as suas formas. Estou neste mundo muito por culpa da minha curiosidade quase insaciável e por ser um fã de ficção científica.
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