De acordo com um artigo publicado na edição brtiânica da Wired, a Apple e a Fruit-Union Suisse estão em rota de colisão, porque a empresa americana decidiu tentar registar a imagem real de uma maçã como propriedade intelectual na Suiça. Ora, desde sempre, o logótipo da Fruit-Union Suisse, uma organização com 111 anos de história, é uma maçã com a cruz branca da Suíça.
Segundo os registos da World Intellectual Property Organization (WIPO), a Apple tentou fazer o mesmo em vários países. E no Japão, Turquia, Israel e Arménia conseguiu mesmo registar a imagem de uma maçã como propriedade intelectual da empresa.
Em Espanha, a Apple detém os direitos de propriedade intelectual da imagem de uma maçã Granny Smith e pode usá-la em vários bens e serviços.
As tentativas da Apple para conseguir registar a imagem de uma maçã na Suíça, começaram em 2017 com um pedido de registo feito no Swiss federal Institute of Intellectual Property (IPI) que usa uma imagem a preto e branco de uma maçã Granny Smith. A empresa queria usar estes direitos para usar a imagem em electrónica de consumo e conseguiu um registo apenas para alguns produtos, porque, segundo o IPI, as imagens genéricas de maçãs pertencem ao domínio público. A Apple recorreu da decisão em Abril para os tribunais suíços para tentar obter um registo para todos os produtos.
Jimmy Mariéthoz, o director da Fruit-Union Suisse diz acerca deste caso. “Não conseguimos perceber isto, porque a Apple não está a tentar proteger o seu próprio logótipo da maçã com uma dentada. O objectivo deles é registar a imagem universal de uma maçã, que devia ser de utilização livre. Isto é preocupante, porque qualquer representação visual de uma maçã, especialmente as que estejam ligadas a tecnologias audiovisuais ou média, pode ser impactada. Isso seria uma grande limitação para nós. Em teoria podíamos entrar num campo perigoso sempre que fizéssemos publicidade com maçãs”.
No passado a Apple já tinha contestado a imagem de uma aplicação de ajuda à preparação de refeições e elaboração de listas de compras que tinha um logótipo com uma pêra e até um artista chamado Frankie Pineapple (Ananás). E apesar de Steve Jobs ser fã dos Beatles, a Apple processou a Apple Records por causa do logótipo da editora. Este último caso, foi resolvido em 2007 com um acordo em que Jobs ficou com a marca registada e o nome e o licenciou à empresa dos Beatles.
No passado, a Apple foi obrigada a pagar 21 milhões de dólares à Swiss Federal Railways por ter usado o design dos relógios da empresa sem autorização no iPad e no iOS 6.