Tem sido um all-in em IA. Nas últimas semanas, nos tempos livres, no trânsito, no ginásio, são os podcasts sobre inteligência artificial que me acompanham, me entusiasmam e me causam um medo de morte. E isto, enquanto apenas temos sobre a mesa os large language models (LLM) de que o ChatGPT é o exemplo mais marcante e visível.
Há muito que andamos com IA no bolso. Actualmente, as aplicações que fazem uso de IA estão em praticamente todos os sectores de actividade, mas o avanço que se deu com os LLM foi a capacidade que resultou de uma nova revolução computacional. E, no entanto, há quem afirme que os LLM são, como diria Steve Jobs, a “baby internet” da IA. E que, daqui em diante, os saltos serão quânticos.
Até hoje, distinguimo-nos das outras espécies pela capacidade cognitiva. Dominámos (arruinámos) o planeta. O progresso feito da IA para AGI (artificial generative inteligence) permitiu que, hoje, tenhamos à nossa disposição um conjunto de aplicações que realizam de forma mais rápida e eficiente a maior parte das tarefas cognitivas que, por ora, estão ainda alocadas ao ser humano.
Será, no entanto, inevitável que tenhamos, a breve trecho, uma disrupção no mercado laboral e, consequentemente, na estrutura societária. Entre o medo e o entusiasmo, o que será que faremos quando as máquinas fizerem a maioria do trabalho cognitivo?
Para já, se calhar, importa ir tendo noção do que anda por aí. Deixo-lhe um conjunto de aplicações que, já fazendo uso de AIG, permitem que, sem qualquer conhecimento musical, crie música (Aiva.ai), o design para uma app ou site (AutoDesigner da Uizard.io), um vídeo para jogos (Opus.ai) ou narrativas/storytelling (tome.app)… a lista é já muito extensa.
O fim está próximo, mas é também um novo princípio. Get set, ready, go!
P.S. Uma nota para a contra-ofensiva chinesa da ByteDance a um possível ban do Tik Tok nos EUA: já anda na App Store a Lemon8, um mix de Instagram com Tik Tok 🙂