A Zoomguide criou uma webapp que usa inteligência artificial e realidade aumentada para tornar a experiência dos visitantes de cidades e museus mais imersiva e acessível, uma espécie de guia turístico 2.0.
A solução, que tem o mesmo nome da startup, pode ser usada nos smartphones e tem vários aspectos que a tornam diferente do que já existe. O co-fundador e CEO, Afonso Cunha (na foto), explica por que motivo a solução é inovadora: «É o método de pesquisa mais simples do mercado, pois tem reconhecimento por câmara, sem necessidade de QR codes ou qualquer identificador físico. É uma tecnologia sem necessidade de download ou instalação de uma aplicação».
O empreendedor diz que a Zoomguide oferece «conteúdos multimédia nos formatos que permitem contar as melhores histórias, desde áudio e vídeo a realidade aumentada». A app pode ainda ser configurada com vários idiomas e «perfis de conteúdos adaptados para as diferentes audiências, por exemplo, para utilizadores com deficiência visual, deficiência auditiva, crianças», por exemplo. Afonso Cunha destaca ainda o facto de ser possível «interligar múltiplos espaços, como cidades e museus num único ponto de acesso» e de haver um «sistema de gestão de conteúdo» que permite «criar experiências personalizadas cem vezes mais rápido e mais baratas que os métodos convencionais». O CEO revela ainda um dos trunfos da app: «É uma nova fonte de receita-extra sem qualquer investimento financeiro».
Contar as melhores histórias na Europa
Afonso Cunha explica que a missão da Zoomguide é «tornar a descoberta da cultura e turismo mais fácil, mais rápida, e mais acessível» – a ideia nasceu numas férias: «Durante uma visita a Berlim, senti que a cidade tinha muita cultura e histórias por contar, mas que não era fácil conhecer essas histórias».
Para já, o foco está em Portugal e é possível usar a aplicação em diversas cidades de todo o País; o co-fundador dá alguns exemplos dos espaços em que já é possível usar a Zoomguide: «Museu Bordalo Pinheiro, Museu Santa Joana, Museu Cidade Aveiro, Museu Arte Nova, Museu Medeiros e Almeida e Palácio Nacional de Sintra».
Os planos de internacionalização já estão definidos – segundo Afonso Cunha, passam pela expansão para a «Europa», sendo que, «numa primeira fase», com foco na «Península Ibérica e no Sul» do Velho Continente. Para isso, a equipa de três colaboradores vai crescer durante este ano, com o objectivo de contratar «engenheiros de software e de visão por computador» para «continuar o desenvolvimento do produto». Entre as outras áreas que serão alvo de investimento estão as de «acessibilidade e rede de parceiros» para aumentar o número de museus e cidades e conseguir ampliar o âmbito de utilização da app.