Segundo a consultora TrendForce, a venda de smartphones no último trimestre de 2022 ficou aquém do esperado, tendo os resultados obtidos, 301 milhões de unidades vendidas durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2022, implicado uma queda de 4% face ao trimestre anterior, e uma queda de 15.5% face ao mesmo período em 2021.
São várias as razões que ajudam a justificar estes resultados, desde as políticas de Zero-COVID na China durante a primeira metade do ano, passando pelo impacto global do conflito na Ucrânia, sem esquecer a greve de trabalhadores na fábrica da Foxconn em Zhengzhou, onde são produzidos os iPhones, bem como a falta do fornecimento de materiais semicondutores, algo que só ao longo do ano ficou resolvido.
Fabricante | Posição (Q4 2022) | Quota de mercado (Q4 2022) |
Apple | 1 | 24.4% |
Samsung | 2 | 19.4% |
Xiaomi | 3 | 12.1% |
Oppo | 4 | 10.7% |
Vivo | 5 | 7.7% |
Segundo os dados avançados pela TrendForce, o mercado global de smartphones caiu 10.6% face a 2021, tendo sido vendidas “apenas” 1.192 mil milhões de smartphones durante todo o ano de 2022. Esta queda foi, curiosamente, maior do que a que foi registada durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19.
Relativamente aos resultados em si, foi impressionante verificar o quão rápida a Apple conseguiu recuperar de todos os problemas com os trabalhadores nas fábricas do seu principal fornecedor (Foxconn), onde mais de 20 mil trabalhadores se despediram em protesto pela falta de condições.
Ao todo, foram vendidas 233 milhões de unidades durante todo o ano, o que permitiu à Apple conquistar a primeira posição no último trimestre, e a segunda a nível anual. Como seria de prever, em termos anuais, a Samsung voltou a ser dominante, com 258 milhões de unidades vendidas em 2022, o que ainda assim representa uma queda de 6.1% face aos resultados de 2021. Teve, no entanto, uma queda de 9.2% entre trimestres.
Quanto aos restantes fabricantes, a Xiaomi (que incluí Redmi, POCO e Black Shark) manteve a terceira posição durante todo o ano de 2022, ficando à frente da OPPO (com Realme e OnePlus) e da Vivo (com iQoo). Todos eles sofreram quedas de vendas, tanto a nível de trimestre como anuais.
Quanto a 2023, a TrenForce acredita que o mercado vá crescer 0.9% face ao ano anterior, para um total de 1.202 mil milhões de unidades, embora ainda seja previsível uma queda nas vendas durante o primeiro trimestre, fruto da recuperação lenta do maior mercado global de smartphones, a China.