Segundo uma entrevista feita ao jornal britânico The Guardian, Micheal Kagan, CTO (Chief Technology Officer) da Nvidia, afirmou que o poder de processamento utilizado para a mineração de criptomoedas é um enorme desperdício, porque estas não acrescentam nada à sociedade, ao contrário da aplicação de Inteligência Artificial, como o Large Language Model (LLM), que alimenta ferramentas como o ChatGPT.
Esta afirmação é, para muitos, considerado uma afronta, especialmente se tivermos em conta os ganhos que a Nvidia teve durante o período dourado da mineração de criptomoedas, com a Nvidia a ser o fabricante preferido, tendo vendido milhões de GPU da série GeForce RTX de todas as gerações, para serem utilizadas em “quintas” de mineração, incluíndo com as variantes móveis das suas GPU.
Só mais tarde, após fortes críticas de parceiros e consumidores, a Nvidia decidiu alterar a sua estratégia e criar variantes LHR (Low Hash-Rate), que reduzir para menos de metade a capacidade de processamento para a mineração de criptomoedas, evitando assim que as placas gráficas fossem todas adquiridas para essa finalidade.
Actualmente, a Nvidia aposta forte na IA, tendo recentemente apresentado uma nova variante do GPU profissional Hopper H100 NVL, que promete que cada GPU consiga processar 175 mil milhões de parâmetros ChatGPT em simultâneo, o que corresponde a um aumento da capacidade de processamento em 10x face a um servidor DGX A100 equipado com oito GPU da anterior geração GA100 Ampere.