É uma das medidas mais contestadas de sempre no universo do streaming: na semana passada, a Netflix bloqueou a partilha de contas para pessoas que estejam em casas diferentes e as redes sociais da plataforma foram inundadas de comentários negativos.
Até então, uma conta podia ser partilhada por até quatro amigos ou familiares, o que fazia com que a mensalidade pudesse ser repartida. Desta forma, a Netflix acabava por ter mais utilizadores que subscritores.
Segundo o HelloSafe, um site comparador de serviços financeiros, o facto de a Netflix ter acabado com este tipo de partilha pode fazer com que a empresa ganhe «mais de 1,2 milhões de euros por mês».
Contudo, as contas feitas pela HelloSafe são, no mínimo, improváveis: o site chega aos 1,2 milhões de euros ao prever que todos os utilizadores Netflix em Portugal que tiverem os planos mais caros paguem a taxa adicional de 3,99 euros para adicionar, pelo menos, mais um utilizador.
Aqui, a HelloSafe tem em conta que há cerca de 884 mil subscritores Netflix em Portugal, mas 1,19 milhões de utilizadores: a diferença entre estes dois números são as pessoas que não pagam (ou dividem) o valor do plano.
O mesmo site conclui ainda que os ajustes de preços feito pela Netflix desde 2015 foram sempre «bem acima da inflacção acumulada no mesmo período» em Portugal: no plano Premium, o aumento chegou aos 34%, de 11,99 para 15,99 euros. Lembre-se que o único plano que nunca teve aumento foi o SD (apenas um ecrã): 7,99 euros.
Ainda assim, o HelloSafe diz que a Netflix «ainda é a plataforma preferida dos portugueses», com 26%, seguida da Amazon Prime Video (23%) e Disney+ (22%).