Durante a divulgação dos resultados por trimestre ao longo de 2022, os avisos foram sendo claros, o ano terminaria mal, com vendas muito aquém do previsto, e que levaria a que os principais fabricantes tivessem que tomar atitudes drásticas para evitar situações catastróficas para os mesmos.
Mais uma vez, foi a consultora Jon Peddie Research quem divulgou os resultados obtidos durante o último trimestre de 2022, e estes foram, como seria de prever, desastrosos. O total de venda de placas gráficas para PC, que inclui tanto as dedicadas como integradas, correspondeu a 64.2 milhões de unidades vendidas, o que representa uma queda de 35.3% face ao período homólogo, e menos 17.4% face ao anterior trimestre, que já tinha sido péssimo.
Em termos de resultados anuais, venderam-se menos 38% de placas gráficas dedicadas para computadores desktop do que em 2021, e menos 43% de gráficas para dispositivos portáteis, a maior queda de sempre desde o seu período de pico, que ocorreu em 2011. No que toca a quota de mercado, apesar da queda em todos os segmentos, a Nvidia manteve a liderança, com 82% de quota de mercado, seguido pela AMD e Intel, cada uma com 9%.
No fundo, o verdadeiro vencedor nestes desastrosos resultados acaba por ser a Intel, que em poucos meses conseguiu colocar a sua gama de placas gráficas Arc equiparáveis à já vasta oferta existente da rival AMD, que nem com o lançamento e disponibilidade das novas Radeon RX 7900 XT e XTX, conseguiu contrariar a queda nas vendas.
No final do relatório divulgado pela Jon Peddie Research, foram igualmente divulgados alguns resultados no segmento de processadores, mas sem especificar modelos ou marcas. No total, venderam-se apenas 54 milhões de unidades, entre os quais 63% foram de modelos Mobile, e 37% de modelos desktop. O mais assustador deste número, é que no trimestre passado, tinham sido vendidos 66 milhões de unidades, e no último trimestre de 2021, 84 milhões.