Em Maio de 2022, a imobiliária Zome anunciava a «primeira transferência de um activo digital para um activo físico», na Europa – ou seja, a venda uma casa num processo em que a transacção foi apenas feita com criptomoedas.
Na altura, a casa (um T3 em Braga) foi vendida por três Bitcoin, cerca de 110 mil euros). Para esta operação, a Zome contou com a parceria da sociedade de advogados Antas da Cunha ECIJA e da Crypto Valey.
Actualmente, as casas da Zome que podem ser compradas com criptomoedas podem ser encontradas à venda na plataforma Cryptohouses, sempre em Bitcoin: uma moradia T8 em Braga, onde a empresa fez a sua primeira venda, chega às 65 BTC (cerca de 1,3 milhões de euros).
Agora, a Zome volta a dar “ares” de metaverso: a empresa criou os Hub Metaverse, que permitem visitar «imóveis no mundo virtual» com a ajuda de um browser, nas suas lojas. Com isto, a marca diz ser a «primeira mediadora imobiliária portuguesa a ter uma unidade de negócio» com este conceito.
Este hub digital da Zome vai ainda permitir a «entrada de multiutilizadores com recurso a avatares» e, em 2023, está ainda prevista uma evolução: usar óculos de realidade virtual para visitar imóveis sem sair de casa.
«Queremos estar na vanguarda e proporcionar novas experiências aos nossos clientes, dando-lhes a oportunidade de explorar este novo mundo de realidade virtual que é o metaverso, num formato altamente conveniente», justifica Carlos Santos, chief technology officer da Zome.
A ligação do universo do imobiliário, em Portugal, a este tipo de conceito não é inédito: em 2022 ficou famosa a recriação da ilha da Madeira no metaverso, com a possibilidade de comprar terrenos e construir casas, uma ideia da startup nacional Web3 Exclusible.