De forma muito resumida, o Ray Tracing faz com que a renderização de luzes e sombras seja mais realista. Esta tecnologia tem sido utilizada no cinema, nos últimos anos, permitindo uma melhor integração do grafismo computorizado (CGI) em cenários reais. Já num jogo com Ray Tracing, a taxa de fotogramas por segundo desce significativamente, uma vez que cada raio de luz é processado de forma individual. Devido a isto, foram desenvolvidas outras tecnologias, como o Super Sampling, para simplificar o processamento da imagem e aliviar a carga de processamento da GPU, para que este possa processar Ray Tracing de forma mais eficaz, sem grande impacto no desempenho do sistema.
Um “jogo” de luzes e sombras
Até ao aparecimento do Ray Tracing, os videojogos usavam um processamento de imagem designado ‘rasterização’. Esta técnica que consiste na transformação de gráficos 3D em imagens bidimensionais, o que facilita o seu processamento e leva a uma rápida conversão da imagem que vemos no monitor.
Com a implementação do Ray Tracing, são utilizados núcleos de processamento específicos para esta função (os núcleos RT), que têm a tarefa de processar todos os raios de luz (de forma individual, provenientes de uma ou mais fontes) e determinar qual o seu comportamento ao interagir com objectos do mundo virtual onde estão inseridos.
Esta tecnologia precisa de conhecer o comportamento da superfície com que cada raio de luz irá interagir, para saber se este será reflectido (como um espelho) ou refractado (como a água). O mesmo acontece com as sombras, já que estas também interagem com os objectos no mundo virtual.
Diferentes implementações
O Ray Tracing da Nvidia tem sido o mais eficaz até ao momento: a marca está a disponibilizar, nas novas GeForce RTX 4090, a terceira geração de núcleos RT exclusivos para este tipo de tarefas. No caso da rival AMD, a implementação desta tecnologia é mais limitada, pois apenas na última geração de placas gráficas Radeon, a série RX 6000, foram implementadas unidades de processamento (Ray Accelerators) específicas para o processamento de Ray Tracing por hardware. Este recurso está apenas associado à API OpenCL, daí a sua implementação ser mais limitada e menos notória que a solução da Nvidia. Com a chegada das novas Radeon RX 7900, e a diferenciação de núcleos específicos para o processamento de Ray Tracing, espera-se que a AMD consiga duplicar o desempenho das suas placas gráficas neste tipo de situação; ainda assim, a Nvidia continuará a ter a vantagem neste campo.