Uma equipa de investigadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, e da Yokohama National University identificou um novo tipo de eléctrodo positivo que pode ser usado para construir baterias solid-state com uma longevidade muito maior que as actuais.
As chamadas baterias “solid-state” têm este nome porque usam eléctrodos e electrólitos sólidos em vez do electrólito em forma de gel que é usado nas baterias de iões de lítio. Por isto, esta tecnologia pode ser uma grande evolução em relação à das baterias iões de lítio. No entanto, as baterias solid-state têm ainda um problema de durabilidade, porque quando são carregadas repetidamente acabam por se danificar e, por isso, ainda não são usadas em aplicações comerciais.
O problema da durabilidade parece estar prestes a ser resolvido, porque durante os testes feitos pela equipa de investigação, uma bateria solid-state de 300 mAh, com o novo eléctrodo positivo não sofreu qualquer degradação após várias centenas de ciclos de carga e descarga.
Segundo Neeraj Sharma, um dos investigadores da Universidade de New South Wales disse que a ausência de degradação da bateria após 400 ciclos, é indicativa do desempenho superior deste novo material, em comparação com os que foram usados nas baterias solid-state até agora. Esta descoberta também tem o potencial de reduzir substancialmente o custo das baterias, o que, segundo Sharma, pode fazer avançar bastante o desenvolvimento de novos veículos eléctricos.
Muitos especialistas, pensam que a tecnologia de iões de lítio já chegou ao seu potencial máximo e que as baterias solid-state vão ser o próximo padrão da indústria.
Não são apenas os automóveis eléctricos que vão beneficiar deste avanço, as baterias dos smartphones também se degradam ao longo do tempo e essa degradação tem impacto no desempenho no longo prazo.
As conclusões desta investigação foram publicadas no jornal Nature Materials.