Depois do estudo sobre o tipo de passwords usadas pelos utilizadores portugueses (e a sua fraca de segurança), a NordVPN virou-se agora para a análise à quantidade de rastreadores que estão nos sites nacionais.
Em Portugal, os sites são obrigados a informa o utilizador quando usam rastreadores (trackers) para seguir a sua actividade online; basicamente, este é um pedaço de código que faz parte dos sites e que recolhe informação sobre quem o visita.
Esta informação pode ser o IP, localização, histórico de navegação, entre outros; com isto, os donos dos rastreadores podem, depois, apresentar anúncios que estão em linha com aquilo que o utilizador procurou ou leu, num site.
Contudo, em Portugal, a regra é que cada utilizador possa desligar as opções que permitem aos trackers recolher informação. Uma alternativa é usar um browser que, por defeito, impede que os rastreadores nos sigam online, como o DuckDuck Go.
Por isto é que, muitas vezes, quando procuramos por, por exemplo, ratos de computador numa loja online, o Facebook ou o Instagram depois nos mostram anúncios sobre este periférico – isto significa que, no site onde fez a pesquisa, estava um tracker do Facebook que guardou os dados da sua pesquisa para depois a usar sob forma de anúncio, quando estivesse a navegar nesta rede social.
Segundo a NordVPN, cada site nacional tem, em média 16 rastreadores que «podem recolher e rentabilizar os dados» dos utilizadores; contudo, a empresa revela que, no caso dos sites de «streaming, compras e tecnologia», este número sobe para 22.
Em relação aos “donos” dos trackers, ao “campeão” é o Google, que detém 30% dos trackers identificados pela NordVPN; seguem-se o Facebook com 11% e a Adobe, com 7%.
Apesar de a NordVPN assumir que os trackers podem «ajudar os administradores dos sites a melhorar a experiência dos utilizadores», as informações recolhidas «ajudam a criar um perfil» que depois é passado para que as empresas «apresentem anúncios mais direccionados e intrusivos que seguem os utilizadores de um site para outro».
No limite, lembra a NordVPN, os «cibercriminosos podem obter esses dados, criar um portfólio detalhado sobre alguém e usá-lo num ataque de phishing, criando uma mensagem altamente personalizada e credível».