Já foi há alguns anos que a Apple apresentou um smartphone verdadeiramente diferenciador: o iPhone X, em 2017. Na altura, a marca inovou com uma parte da frente que era quase só ecrã, um sensor facial em vez do de impressões digitais e acabou de vez com o botão ‘Home’, uma imagem de marca desde o modelo original, de 2007. Daí para cá é difícil ver um iPhone que se tenha destacado.
Design mantém-se
Há três anos, a Apple decidiu voltar a um formato inaugurado com o iPhone 4: uma faixa de metal à volta do chassis, um design que se mantém nos actuais iPhone e que acaba por ser mais premium que a solução do chassis arrendondado (iPhone 6 ao 11). Na traseira, mantém-se a grande bossa para albergar o sistema de câmaras, que é tripla no Pro Max. As lentes estão um pouco maiores, pelo que vai ser impossível usar as capas que, no ano passado, serviam para o iPhone 13 Pro Max. Mas, a pergunta é: na realidade, quem é que, tendo o iPhone 13 (qualquer um dos modelos) vai gastar cerca de 1500 euros para comprar o modelo deste ano?
Campeões dos benchmarks
É verdade que, todos os anos, o iPhone fica melhor, com um pouco mais de abertura nas câmaras, uma autonomia alargada, um desempenho gráfico uns furos acima, entre outras mudanças cirúrgicas.
Se isto pode ser interessante para quem chega ao universo Apple pela primeira vez (e, mesmo assim, temos dúvidas) é impossível recomendar a compra do 14 Por Max para quem tenha um 13 ou, mesmo, um 12, mesmo assumindo que são excelentes smartphones (ambos tornaram-se os campeões nos nossos benchmarks Geekbench e 3D Mark), principalmente o modelo mais avançado, com uma autonomia capaz de durar quase um dia e meio de trabalho/lazer. Na fotografia e no vídeo, os resultados continuam a ser igualmente bons, seguindo a tradição da Apple em fazer com que a imagem seja um dos pontos de destaque dos seus modelos.
Uma ilha de inovação num oceano estático
Só há uma actualização que valerá a pena destacar no iPhone 14 Pro Max: o notch desapareceu e os sensores frontais/câmara passam a estar integrados no ecrã; aqui, surge a Dynamic Island, um recurso gráfico que reflecte o uso de algumas apps e de expande para mostrar o que está a tocar na app Música ou Podcasts. É uma solução conveniente, que permite interagir rapidamente com o smartphone – e isto serve para dizer que muitas das inovações dos dois modelos dependem do que o iOS 16 é capaz de fazer, o que também se aplica aos iPhone 12 ou 13.
Distribuidor: Apple
Preço: €1499,90 (Vodafone)
Benchmarks
- AnTuTu: 921 794
- GeekBench 5 Single: 1881
- GeekBench 5 Multi: 5181
- GeekBench 5 Compute: 14 758
- 3D Mark Wildlife: 12 282
- PassMark PerformanceTest Mobile*: 39 260
- Autonomia: 780 minutos**
*Este teste foi usado em substituição do PCMark, indisponível para iOS.
**Valor apurado com o uso manual e intensivo, dada a indisponibilidade do PCMark.
Ficha Técnica
Processador: A16 Bionic
Memória: 6 GB
Armazenamento: 128 GB
Câmaras: 72 MP (traseiras) + 12 MP (frontal)
Ecrã: LTPO Super Retina XDR OLED, HDR10, 120 Hz (2796 x 1290), 460 ppi
Bateria: 4323 mAh
Dimensões: 160,7 x 77,6 x 7,9 mm
Peso: 240 gr