Na última crónica, abordei a relevância que a adopção do novo protocolo Matter terá na integração e interligação dos equipamentos das diferentes marcas com produtos da Internet das Coisas. A sua casa pode, já hoje, ser totalmente automatizada e controlar um sem número de dispositivos de qualquer ponto do globo. Outros, no entanto, sabem sempre utilizá-los melhor em casa. A sanita é um deles. Está conectada? Pode estar. Mas… e para quê?
Trabalhamos na empresa que dirige, há já alguns anos, uma prestadora de cuidados de saúde à distância. A app que desenvolvemos para esta empresa recolhe dados dos mais variados dispositivos de saúde dos utilizadores, faz a monitorização dessa informação e alerta os prestadores no caso de se verificarem anomalias – isto, simplificando as coisas.
Para as complicar tivemos, no último ano, o projecto de uma empresa, spin-off de uma iniciativa do Instituto Superior Técnico, que faz do bater do seu coração a alma do negócio.
Junte-se a estas duas empresas um fabricante mundial de sanitas, e dos respectivos tampos, e, em breve, terá a possibilidade de cada vez que se sentar numa delas estar a realizar um ecocardiograma. E, sim, até alguns smartwatches já o fazem. A diferença deste tipo de solução será o imediato reconhecimento do utilizador e o facto de não haver a necessidade de promover activamente a leitura do batimento cardíaco. Sente-se, faça o que tem a fazer e o registo cardiovascular é enviado para o seu registo de saúde.
Será este o tipo de simplificação de processos que ajudará a definir as mais bem-sucedidas aplicações da IoT que surgirão no mercado que nem cogumelos, nos próximos anos. E, neste caso específico, até se pode estar a ca&#r para isso 🙂