A Dashlane, uma empresa que tem um gestor de passwords, partilhou aquele que é o seu primeiro estudo sobre o «estado global de segurança» das palavras-passe. As principais conclusões são, como seria de esperar, nada animadoras.
Segundo a empresa, estes dados «validam a importância de se criar uma cultura de cibersegurança, quer a nível individual, quer em contexto empresarial» e reflectem a necessidade de «estabelecer métodos e ferramentas que ajudem a proteger a privacidade dos dados».
Passwords partilhadas, segurança reduzida
A principal conclusão deste relatório tem que ver com o facto de a Dashlane ter chegado à conclusão que 51% das passwords são reutilizadas, ou seja, estamos a usar a mesma palavra-passe para várias contas diferentes.
Esta é uma das piores práticas de segurança que pode haver: se um hacker tiver acesso à password de uma conta de e-mail, por exemplo, é provável que a mesma seja usada, pela mesma pessoa, num serviço de pagamentos online, como o PayPal.
Tendo em conta que, segundo a Dashlane, cada utilizador tem, em média, 240 contas protegidas por passwords, isto significa que 120 logins podem partilhar dados de acesso. O perigo é ainda maior porque, avança a empresa, «mais de 80% das violações de segurança podem ser atribuídas a credenciais roubadas».
Portugal está numa zona mal classificada
Para classificar o estado global de segurança das passwords, a Dashlane usou classificações entre 20 e 60 (‘Pobre’), 60 e 90 (‘Necessita de melhoria’) e superior a 90 (‘Excelente’) e dividiu os scores por regiões do globo; contudo, só atribuiu os valores médios, ou seja, 60 a 90.
A região em que a segurança das passwords está ao nível mais superior é na Europa do Leste: 76,4 pontos. Nas antípodas está a América do Norte, com 69,1. Portugal está incluído na Europa Meridional, uma zona que chegou aos 71,4 pontos. Entre as catorze regiões analisadas pela Dashlane, esta é a 11.ª A informação completa sobre este estudo pode ser lida aqui.
«Ainda muito para fazer. Esperamos que relatórios como este possam promover uma consciencialização colectiva acerca da necessidade de alterar hábitos de cibersegurança», conclui Mafalda Garcês, country leader & senior people director da Dashlane.