Por causa da invasão russa da Ucrânia, um jovem de 17 anos desenvolveu um drone que tem a capacidade de localizar minas terrestres. Igor Klymenko e a família fugiram de Kyiv no início da invasão russa e durante as semanas de bombardeamentos quase constantes, o jovem recuperou a ideia de criar um drone que detectasse minas terrestres, que tinha tido depois da invasão russa da Crimeia em 2014.
Normalmente a detecção de minas terrestres é feita com recurso a animais treinados para farejar explosivos, a detectores de metais e a sondas. No entanto, todos estes métodos obrigam a estar perto das minas. A solução proposta por Klymenko, é um sistema que consiga detectar minas a partir do ar e assim manter seres humanos e animais longe do perigo de explosão.
A invenção de Klymenko baseia-se num drone comercial 4DRC F5 PRO, que é muito usado para fotografia e vídeo. Ele construiu um detector de metal feito de propósito para ficar pendurado no drone quando está a voar. Antes de levantar voo, o drone grava as coordenadas GPS e espera que se defina um raio de busca.
Assim que o detector de metal localiza uma mina, envia um sinal de infravermelho para um fototransístor que está instalado num Arduino. Klymenko escreveu um programa em C++ para determinar as coordenadas GPS da mina. As coordenadas são baseadas na velocidade do drone e na quantidade de tempo entre a pesquisa GPS e o recebimento do sinal de infravermelhos. Estas coordenadas, com precisão até 2 centímetros, podem ajudar os civis a evitarem as minas e guiar operacionais de limpeza de minas depois de acabarem os combates.
Klymenko espera melhorar a sua invenção com a adição de algumas novas funcionalidades, como um sistema de pintura de spray que permite ao drone marcar os locais onde estão as minas e um radar de penetração no solo que pode melhorar ainda mais a precisão do detector. Klymenko pode ainda vir a adicionar uma funcionalidade de inteligência artificial para determinar o tipo de mina que foi detectada e também um sistema de detonação remoto para impedir as minas de causarem vítimas.
O jovem espera ter um produto que pode ser produzido em massa até ao final do ano.