Segundo dados revelados pela consultora Mercury Research, os resultados do segundo trimestre do presente ano demonstram que a venda de processadores para computadores pessoais atingiram mínimos históricos, com a própria consultora, que está em actividade desde 1984, a anunciar que nunca registou números de vendas tão baixos quanto os actuais.
O principal fabricante prejudicado foi a Intel, que mesmo com o lançamento dos surpreendentes Alder Lake, continua a perder terreno para a rival AMD, tendo a Intel revelado nos resultados do segundo trimestre do ano uma perda de 500 milhões de dólares, a primeira vez em décadas. Para Pat Gelsinger, CEO da Intel, este resultado deve-se à situações como a inflação, tensões geopolíticas e pelo impacto do conflito na Ucrânia.
Também a Apple teve resultados aquém do esperado, pela indisponibilidade de processadores ARM (Apple M1 e M2), o que levou a quota de mercado de processadores ARM a cair de 11.3% para 9.4% entre trimestres. Porém, a venda deste tipo de processadores, por parte da Qualcomm em equipamentos como Chromebooks, tem estado a crescer.
Curiosamente, no meio de tudo isto, encontra-se a AMD, que conseguiu registar resultados recorde em todas as áreas. No mercado global de processadores x86, conseguiu crescer 11.2% para uma quota de mercado de 28.1%, face ao período homólogo, fruto dos excelentes resultados no mercado dos computadores portáteis e de servidores, onde a AMD cresceu 12.2% (27% de quota de mercado) e 11.3% (22.9% de quota), respectivamente.