Segundo a publicação económica japonesa Nikkei, a Nikon vai abandonar por completo o mercado de câmaras reflex (DSLR), focando-se exclusivamente no lançamento de câmaras mirrorless, que consideram ser a única solução que os grandes fabricantes têm actualmente disponível para rivalizar com os cada vez mais capazes sensores de imagem (e elevado processamento de imagem) dos smartphones.
A ser verdade, esta notícia será um choque para os utilizadores fieis da marca, uma vez que esta tem sido, ao longo de mais de 60 anos, um dos mais importantes fabricantes de máquinas reflex do mercado, a par da rival Canon. Curiosamente, a própria Nikon reagiu a esta notícia e publicou um comunicado na sua página oficial que afirma que o artigo da Nikkei é uma mera especulação, e que continuam focados no fabrico, venda e suporte das suas máquinas DSLR.
Após esta declaração, que acaba por não confirmar, mas também não desmentir a notícia original da Nikkei, se associarmos um gráfico da BCN Rankint com os dados das vendas de câmaras reflex no Japão, é claramente visível a constante queda nas vendas deste tipo de equipamentos na Nikon, ao contrário dos restantes fabricantes (Canon e Ricoh/Pentax), é fácil de assumir que será uma questão de tempo até a Nikon assumir a medida.
Como se não bastasse para reforçar esta teoria, temos ainda o hiato da Nikon, no que toca ao lançamento de novos produtos, tendo o último modelo sido lançado em Fevereiro de 2020. Este modelo, a última topo de gama da família de câmaras reflex, destaca-se pela utilização de um sensor FX (full-frame) de 20.8 milhões de píxeis, sensibilidades ISO 100 a 102400 e capacidade de captação, em modo contínuo, até 14 fotogramas por segundo com focagem automática.