Na edição passada testei o P50 Pocket, o dobrável topo de gama da Huawei; agora, chega a altura de experimentar o P50 Pro, o topo de gama com formato tradicional.
Ambos partilham o processador e a GPU, mas o Pocket tem 12 GB de memória e 512 GB de armazenamento e o P50 Pro apenas 8 GB de memória e 256 GB de armazenamento. As diferenças mais óbvias entre os dois são o ecrã, que no P50 Pro tem 6,6 polegadas e as câmaras que, no caso da versão Pro, são 4 e têm 50 MP (grande angular), 64 MP (telefoto), 13 MP (ultra grande angular) e 40 MP (P/B).
O P50 Pro tem um design muito bem conseguido: o ecrã é ligeiramente curvado dos lados e oferece uma imagem com cores vibrantes, sem estarem saturadas demais. A parte de trás tem um “camera bump” e as quatro câmaras estão dentro de dois círculos: três sensores num e teleobjectiva noutro, acompanhada pelo flash. A parte de trás é metálica e tem um acabamento que o torna muito escorregadio, por isso é preciso ter algum cuidado para não o deixar cair quando não se usa uma capa protectora.
O sistema operativo é o Harmony OS, baseado no Android, mas como acontece com todos os smartphones Huawei desde há alguns anos, não tem acesso aos serviços Google, devido ao embargo imposto pelos EUA. A Huawei tem vindo a desenvolver os seus próprios serviços alternativos para colmatar este problema, mas a sua ausência faz com que algumas aplicações não funcionem correctamente e faltam mesmo algumas aplicações populares, como as das redes sociais. Para tentar resolver o problema da falta de apps, a Huawei usou uma estratégia inteligente – se o utilizador fizer uma busca na loja de aplicações da marca e não encontrar o que procura, a aplicação redirecciona-o para um repositório externo, que permite fazer “sideload” da aplicação (instalá-la através de uma fonte que fica fora da loja).
Apesar de tudo isto, a experiência de utilização é muito agradável e fluida em todos os cenários, em tudo comparável à da utilização de um smartphone Android “normal”.
No campo dos testes, apesar de, como já disse, partilhar os mesmos componentes com o P50 Pocket, o P50 Pro é consistentemente mais rápido que o seu “primo”. Até nos benchmarks de bateria, o P50 Pro conseguiu mais quarenta minutos que o Pocket. A diferença de valores pode ser explicada pelo facto de o P50 Pro ter mais espaço para o sistema de refrigeração, logo aguenta um pouco mais antes de reduzir a velocidade do processador para não sobreaquecer.
Distribuidor: Huawei
Preço: €1249,99
Benchmarks
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- PCMark Work 3.0: 10 210
- PCMark Bateria: 760
- Geekbench CPU Single: 944
- Geekbench CPU Multi: 3268
- Geekbench Compute: 4792
- Antutu: 653 968
- 3D Mark Wild Life: 5761
Ficha Técnica
Processador: Snapdragon 888 4G (Octa-core, 1 x Cortex-X1@2,84 GHz + 3 x Cortex-A78@2,42 GHz + 4 x Cortex-A55@1,8 GHz)
Memória: 8 GB
Armazenamento: 256 GB
Câmaras: 50 MP, 40 MP (monocromática), 13 MP (ultra grande angular), 64 MP (teleobjetiva); frontal com 13 MP
Ecrã: OLED 6,6 polegadas (2700 x 1228), 120 Hz
Bateria: 4360 mAh
Dimensões: 158,8 x 72,8 x 8,5 mm
Peso: 195 g