A ARM acaba de revelar a segunda geração de processadores ARMv9, de onde se destaca o novo núcleo Cortex-X3 de topo, os novos núcleos Cortex-A715 de alto desempenho, renovados núcleos A510 de elevada eficiência energética, e nova controladora gráfica integrada Immortalis-G715, com capacidade de processamento de Ray-Tracing por hardware.
Começando pelo Cortex-X3, este núcleo oferecerá até 25% de maior desempenho face aos já conhecidos núcleos Cortex-X2, utilizados em processadores como o Qualcomm Snapdragon 8 Gen1 e MediaTek Dimensity 9000, sendo a sua principal funcionalidade oferecer o máximo de desempenho possível em todas as ocasiões. Já os núcleos Cortex-A710, estes estreiam uma nova arquitectura exclusivamente a 64-bit, tal como o Cortex-X2, o que permite reduzir a área ocupada pelo descodificador de hardware de 64-bit para apenas 1/4.
Isto permitirá garantir uma maior eficiência energética na casa dos 20% utilizando o mesmo desempenho, ou melhor até 5% de desempenho, consumindo a mesma energia. Já o Cortex-A510, este foi meramente optimizado, permitindo assim melhorar o seu consumo energético em 5%, oferecendo exactamente o mesmo desempenho que os núcleos Cortex-A510 de anterior geração.
Uma novidade bastante relevante é a tecnologia DynamIQ Shared Unit, que permite ajustar o número (máximo de 12) e tipo de núcleos que poderão ser usados em cada processador, adaptando assim a estrutura dos mesmos, tendo em conta a sua finalidade. Isto permitirá, por exemplo, que processadores ARMv9 para computadores com Windows, possam utilizar uma estrutura de 8+4+0, ou seja, utilizar oito núcleos Cortex-X3 e quatro núcleos Cortex-A715, dispensando os núcleos Cortex-A510, que só farão sentido em dispositivos móveis.
Apesar do processador representar um salto evolutivo significativo, especialmente com esta possibilidade de criação de estruturas de núcleos variadas, a controladora gráfica integrada será outro elemento de destaque, que permitirá melhorar significativamente o desempenho do SoC (System-on-Chip), face à actual geração. Com a chegada do novo GPU Immortalis-G715, a ARM acredita ser possível conquistar um aumento de desempenho que pode chegar aos 300%, quando utilizadas soluções que exijam cálculos em Ray-Tracing.
Serão igualmente lançados outros GPU, embora sem suporte para Ray-Tracing, o Mali-G715 e o Mali-G615, sendo o principal elemento diferenciador entre estes o número de núcleos disponíveis em cada, com o Mali-G615 a utilizar até 6 núcleos, e o Mali-G715 a usar entre 7 a 9 núcleos.
Todos eles, incluindo o Immortalis-G715, utilizarão a tecnologia Variable Rate Shading (VRS), que permitirá reproduzir os elementos principais à resolução máxima, e elementos pouco relevantes, como o fundo, a uma resolução inferior, garantindo assim um aumento de até 40% no número de fotogramas por segundo reproduzidos no ecrã, tornando assim os jogos mais fluídos.