A par de Metal Gear Solid, o primeiro Gran Turismo foi o que me fez comprar a primeira PlayStation. Na altura, foi uma revolução nos jogos de corridas de automóveis, porque, finalmente, ficámos perante um título mais parecido com o que acontecia na vida real e menos com um jogo arcade. Com o lançamento da PlayStation 2, os gráficos melhoraram, foram introduzidas novos carros, mais modos de jogo e campeonatos. Mas, essencialmente, era o conceito.
Agora, 25 anos depois, chega Gran Turismo 7, que após a má experiência de Gran Turismo Sport (2017), volta à fórmula original. O novo jogo começa com uma cut scene gigante (que não pode ser ultrapassada) que mostra a evolução da indústria automóvel. Depois, podemos, finalmente, começar a competir para ganhar licenças e centenas de carros.
Gran Turismo 7 tem muitos modos de jogos e opções de personalização. A grande quantidade de coisas que se podem fazer pode ser algo desorientadora para quem está a começar – por isso, o jogo não disponibiliza tudo ao mesmo tempo. Assim, tudo vai sendo desbloqueado aos poucos para dar tempo ao utilizador de se habituar.
As várias “missões” estão divididas em “menus” que podem recolhidos no novo hub GT Café, que está no ecrã principal. Quando os objectivos de cada menu forem cumpridos, são desbloqueados novos automóveis ou pistas, e nem sempre é pedido ao jogador que ganhe um campeonato ou uma corrida. O menu pode estipular que se tenham de fazer alterações a um dos veículos que já tenha ou comprar um específico – GT7 tem mais de quatrocentos, diferentes.
Como já foi mencionado, os automóveis podem ser adquiridos através de vitórias em corridas, comprados com créditos ou através de sorteios; conseguir ter todos na garagem é um dos objectivos do jogo, além das vitórias.
Assistências
Para quem gosta de automóveis, mas não tenha muito jeito para corridas, GT7 oferece muitas formas de ajudar. Contudo, as ajudas podem ser desligadas se o jogador tiver experiência ou quiser experimentar a sensação definitiva de conduzir um automóvel durante uma corrida.
Tal como nos outros GT, também GT7 oferece a hipótese de se melhorar os automóveis, quer através de afinações, quer da compra de novos componentes que podem melhorar a forma como curvamos, travamos ou aceleramos.
Em relação aos gráficos, GT7 na PS5 é só eye candy: a iluminação é boa, os reflexos também estão bem conseguidos e os modelos dos carros estão reproduzidos ao pormenor até ao som do motor. Por falar em ‘som’, uma das coisas de que francamente não gosto é da banda sonora – ao fim de algum tempo, a música de elevador que o jogo tem torna-se completamente irritante.
Finalmente, um outro aspecto menos bom é o das microtransacções. Em GT7, o jogador pode comprar automóveis, pinturas e peças com créditos. Estes créditos podem ser adquiridos ganhando corridas e também comprados através da loja da PlayStation. Num jogo gratuito compreende-se a existência de microtransacções, mas num jogo que custasetenta euros não é, de todo, aceitável.
Editora: Polyphony Digital
Distribuidora: Sony
Disponível para: PS4, PS5
Preço: €69,99