A marca que mais usa a palavra ‘democratização’ quando se refere à sua estratégia de mercado pode lançar os primeiros smartphones dobráveis este ano. Ou não.
Stefan Streit, gestor global de marketing da marca chinesa, falou com a PCGuia sobre as ideias que a marca tem para os foldables e mostrou um smartphone que a marca poderia lançar de imediato no mercado, com um form factor clamshell, idêntico ao do Samsung Z Flip 3 5G.
O lançamento de um modelo dobrável já devia ter acontecido em 2021, mas a TCL optou por adiar esta estreia. De acordo com Stefan Streit, isto aconteceu por três razões. A primeira tem que ver com a marca querer disponibilizar o smartphone a um preço (muito) abaixo dos mil euros, para estar em linha com o conceito de democratização, desta vez, dos dobráveis.
É provável, por isso, que o TCL foldable possa mesmo chegar a custar 600 euros, uma ideia deixada no ar por Stefan Streit, tendo em conta que o Z Flip 3 já pode ser comprado por cerca de 750 euros. Depois, o gestor global de marketing lembrou que as operadoras têm, neste momento, outra prioridade, o 5G. A terceira razão liga-se, de alguma forma, com esta: «Somos uma marca relativamente recente, com dois anos, e precisamos de um grande apoio das operadoras para vender um foldable. Ainda não temos esse poder», assumiu Stefan Streit.
Contudo, a TCL já tem definido o roadmap de lançamento do seu primeiro smartphone que se dobra, sendo que o form factor que Stefan Streit considera mais natural é o de clamshell. Ainda assim, outros formatos não estão descartados, até porque a empresa já mostrou modelos semelhantes ao Fold da Samsung e outros que se dobram em três e com ecrãs que se “esticam”.
TCL quer “dobrar” tudo o que tenha um ecrã
O gestor confirmou que esta gama de terminais é muito importante para a TCL e que a chegada ao mercado só vai acontecer quando a marca considerar que estão reunidas as condições necessárias – entre elas, o crescimento do interesse por foldables, que para já são modelos de «nicho».
Stefan Streit deixa ainda um “aviso” aos “rivais”, sobre a estratégia da TCL: «É limitado estar a aplicar o conceito foldable a smartphones. Queremos dobrar tudo que tenha um ecrã, desde um tablet, a uma televisão, a computadores portáteis e a dashboards para automóveis».
O responsável lembra que a marca consegue produzir ecrãs in-house, pelo que todo o desenvolvimento da tecnologia foldable é «dominada» pela TCL: «Sabemos o que custa e quais são dos desafios. O conhecimento está do nosso lado e temos acesso a dados que as outras marcas não têm, neste campo, porque não fazem os seus próprios ecrãs».
A tempo da Black Friday e do Natal?
Sem nunca revelar datas de lançamento, preços finais, nomes dos modelos (o único que existe actualmente, não comercial, designa-se por Projecto Chicago – ou Flex V) ou características técnicas, Stefan Streit deixou uma possível data de lançamento para 2022.
«Caso seja este ano, tem de ser antes da Black Friday e do Natal, para que quando chegarem estas datas, que são muito fortes para as vendas, o nosso foldable já tenha tempo de mercado». Quando questionado sobre se uma data provável poderia ser em Outubro, um mês típico para novos lançamentos na segunda metade do ano, Stefan Streit “dobrou-se” em copas: «Pode ser. Ou não».
Novidades no Mobile World Congress
Foldables à parte a TCL continua a apostar no lançamento de vários smartphones com características quase iguais: no Mobile World Congress foram anunciados os novos TCL 30 5G, TCL 30+, TCL 30, TCL 30 SE, e o TCL 30 E. Os preços variam entre os 189 e os 349 euros.
Os tablets também fazem parte do “menu” da TCL para Barcelona, com as novidades a serem os TCL NXTPaper Max 10, TCL TAB 10 HD 4G e TCL TAB 10s 5G. O evento de apresentação destes novos modelos pode ser visto aqui em cima; todas as novidades podem, também, ser conhecidas em detalhe no site da TCL.