O IMAX é, segundo a empresa canadiana com o mesmo nome criada em 1967, a «melhor experiência de cinema do mundo», mas isso implica que seja utilizado todo um sistema, composto pelas câmaras de alta resolução, formatos de filme de película proprietário e projectores específicos para a reprodução de imagem num ecrã com um formato entre os 1,43:1 e os 1,89:1.
Estes ecrãs têm a particularidade de serem curvos e de terem uma área superior ao campo de visão, oferecendo assim uma experiência mais imersiva. Os materiais com que são feitos estes ecrãs são específicos: elementos mais reflectivos e brilhantes que os ecrãs tradicionais, daí a imagem ser mais intensa.
O IMAX original
Todos os filmes IMAX começaram por ser gravados com câmaras específicas e fitas de película de 70 mm, em que cada fotograma era cerca de dez vezes maior que os de numa película de 35 mm. Estas, eram armazenadas em bobines de quase dois metros de diâmetro com 250 kg, cada, podendo cada bobine armazenar até 2,75 horas de filme.
Mas isto não é nada se tivermos em conta que cada projector IMAX (são precisos dois por sala) pesava cerca de duas toneladas. Tudo isto obrigava a que as bobines fossem colocadas na horizontal, sendo utilizados poderosos motores e um sistema de sucção de fita, para que ficasse correctamente orientada na objectiva do projector. Por sua vez, este era iluminado por uma lâmpada de Xénon de quinze mil watt, que tinha a particularidade de usar um sistema de arrefecimento líquido.
Era digital
Com a introdução dos sistemas digitais, ganhou-se imenso em termos logísticos, já que se tornou desnecessária a preparação das fitas e a sincronização da imagem entre os dois projectores, um processo que chegava a demorar quarenta minutos entre cada sessão – agora, tudo feito de forma automática.
Em contrapartida, alguns cinéfilos afirmam que a passagem para o digital fez com que a qualidade de imagem diminuísse, já que a projecção digital tende a usar uma resolução 4K, face aos anteriores 12K com a película de 70 mm.
Actualmente, os projectores IMAX digitais recorrem a duas unidades com iluminação laser e lentes que permitem a projecção da imagem, tanto em 2D como 3D. Graças à tecnologia DMR (digital re-mastering), qualquer filme pode ser projectado numa sala IMAX, mas isso implica que tenha de ser convertido e ajustado (muitas vezes, manualmente, por técnicos especializados nos laboratórios da IMAX), para garantir que todo o ruído de imagem é devidamente eliminado, de forma a ser reproduzido nos enormes ecrãs de cinema IMAX.